O mundo testemunhou um eclipse lunar entre a noite de domingo (15) e madrugada desta segunda-feira (16). O fenômeno é marcado pela posição em que o satélite da Terra deixa para trás seu brilho e cor diários para assumir tons acobreados, quando o Sol, a Terra e a Lua estão alinhados.
A Lua de Sangue, como é popularmente conhecida, ficou totalmente visível na América do Sul, na América Central e em parte da América do Norte, bem como em algumas áreas da Europa e África. No Brasil, o eclipse da Lua foi visto em todo o país. O evento alcançou a totalidade perto da 1h11.
Com o céu limpo, cerca de 140 pessoas se reuniram para ver o eclipse do Planetário da Universidade de Santiago, no Chile. Em Porto Alegre, quem esteve no Planetário da Avenida Ipiranga também conseguiu enxergar o fenômeno. O próximo eclipse lunar total ocorrerá em novembro, no meio do Oceano Pacífico.
Para Mariano Rivas, chefe de Divulgação Científica do Planetário de Buenos Aires, o eclipse é "um dos fenômenos mais simples e impressionantes da natureza", já que a Lua, ao entrar na sombra causada pela Terra, faz com que o satélite "assuma uma cor vermelho-alaranjada pálida por uma hora e meia".
A Lua assume essa cor durante o eclipse por conta dos raios do sol que continuam a alcançá-la através da "refração atmosférica", disse à AFP Florent Deleflie, do Observatório Paris.
Esse fenômeno geralmente ocorre duas vezes por ano, quando a Terra é colocada em uma posição em que bloqueia parcialmente a chegada dos raios do Sol à Lua quando ela está em plena fase.