A Nasa começou a estudar uma amostra da Lua que estava lacrada há 50 anos, desde sua coleta na missão Apollo 17, em 1972. O material lunar poderá fornecer informações sobre a superfície do satélite natural e ajudará nas próximas missões espaciais do Programa Artemis.
Uma parte da amostra foi armazenada em um recipiente não selado e outra em um a prova de vácuo, durante a viagem espacial. Ao chegar na Terra, a cápsula foi colocada em uma câmara de vácuo e permaneceu intacta por todos esses anos.
A Apollo 17 foi comandada pelo astronauta Eugene Cernan, que coletou a amostra a partir de um deslizamento no Vale Taurus-Littrow, no sudeste do Mar da Serenidade. Um cilindro com 70 centímetros de comprimento foi martelado contra a superfície para coletar o pedaço.
O material só foi aberto para análise agora, por conta do avanço tecnológico que permite um estudo mais aprofundado. Quando coletado, em 1972, a amostra da Lua estava coberta de gelo, que é uma substância volátil e pode conter elementos importantes, assim como poeira lunar, mesmo depois de tanto tempo selada.
Segundo Lori Glaze, diretora da Divisão de Ciência Planetária da Nasa, a agência sabia que tanto a ciência quanto a tecnologia evoluiriam de modo que os cientistas pudessem estudar o material com abordagem mais conclusivas.
A Nasa pretende analisar os gases presentes na cápsula, podendo ser identificados por uma moderna tecnologia de espectroscopia e compartilhados com instituições de pesquisa. Apesar dessa expectativa, os cientistas entendem que existe pouca quantidade de gás nessa amostra.
A líder do projeto da Agência Espacial Europeia (ESA), Francesca McDonald, comenta que cada gás analisado pode ajudar a entender uma parte da evolução dos elementos voláteis na Lua e do Sistema Solar.