Neste domingo (4), dois astronautas chineses completaram, com sucesso, a primeira caminhada espacial fora da nova estação de seu país em órbita ao redor da Terra.
Três astronautas chineses decolaram em 17 de junho do deserto de Gobi, no noroeste da China, e sua nave atracou na estação de Tiangong, onde devem permanecer para uma missão de três meses.
Dois deles, Liu Boming e Tang Hongbo, deixaram a cabine principal do veículo espacial na manhã deste domingo para uma caminhada que durou cerca de sete horas, informou a Agência Espacial da China.
— O retorno seguro dos astronautas Liu Boming e Tang Hongbo ao módulo central Tianhe marca o sucesso total da primeira caminhada espacial na estação de nosso país — comunicou a mesma fonte.
Tianhe é o primeiro módulo da estação espacial chinesa, que ainda está em construção. Ela deve ser concluída em dezembro de 2022.
Sua missão consistia em posicionar a câmera panorâmica fora do módulo central Tianhe e testar o braço robótico que usarão para transferir os módulos da estação, além de coloca à prova os novos trajes espaciais, segundo a imprensa estatal.
— Oh, é tão lindo aqui fora — disse Boming, em um vídeo filmado ao sair da cabine.
A televisão chinesa exibiu imagens dos astronautas vestindo seus trajes e conduzindo avaliações médicas em preparação para a caminhada no espaço.
Posteriormente, eles apareceram na porta da cabine ao sair do módulo, na primeira das duas caminhadas espaciais planejadas para a missão, cada uma com duração de seis a sete horas.
Desde 2008, é a primeira vez que astronautas chineses saem de sua nave no espaço. Naquele ano, o comandante Zhai Zhigang fez de seu país o terceiro a realizar uma caminhada no espaço, atrás da União Soviética e dos Estados Unidos.
Esta primeira missão tripulada chinesa em quase cinco anos é uma questão de grande prestígio para o país, que neste mês celebra o 100º aniversário da fundação do Partido Comunista da China com uma campanha massiva de propaganda.
A China não faz parte do consórcio que mantém a Estação Espacial Internacional (ISS), devido a divergências políticas e legais com os Estados Unidos.
No último ano, a China pousou uma sonda na Lua, em dezembro de 2020, e outra em Marte, em maio deste ano.