O Google terá de entrar em uma nova frente de batalha para explicar suas práticas comerciais e operacionais. Um grupo de 50 procuradores-gerais de Estados e territórios americanos abriu, nesta segunda-feira (9), uma investigação antitruste para avaliar se as práticas de publicidade digital da gigante de internet ferem as leis que regem a concorrência. As informações são do Portal O Globo.
Os procuradores se manifestaram publicamente, afirmando que o Google pode estar aumentando os custos para os anunciantes. Também questionaram se a ferramenta de buscas efetivamente apresenta os resultados mais relevantes aos internautas.
— Esta é uma empresa que domina todos os aspectos da publicidade e da busca na internet — afirmou Ken Paxton, procurador-geral do Texas e líder do movimento.
A investigação sobre o Google envolve 48 Estados do país mais o Distrito de Columbia e Porto Rico. Dos 50 Estados dos EUA, só Califórnia e Alabama ficaram de fora do caso.
A investigação é mais um revés para gigantes que atuam na internet, e chega poucos dias depois de a procuradora-geral de Nova York, Letitia James, anunciar que outra coalização de Estados investigará o Facebook. O movimento surge após vários dias em que congressistas americanos criticaram a forte presença de Google e Facebook sobre uso de dados e privacidade. O buscador tem sido alvo de autoridades internacionais em investigações antitruste, que questionam se é saudável seu predomínio crescente na rede de computadores.
Conforme O Globo, na sexta-feira (6), o Google havia declarado que já esperava receber "demandas de investigação semelhantes dos procuradores-gerais. Continuamos a cooperar com o Departamento de Justiça, órgãos reguladores federais e estaduais nos EUA e outros órgãos reguladores em todo o mundo".