O eclipse parcial da Lua, visível na noite desta terça-feira (16), levou muitos gaúchos a olhar para o céu. Lá no alto, é possível ver o satélite natural da Terra, em sua fase cheia, parcialmente encoberto por estar alinhado com o planeta e o Sol. Como a Lua não ficará totalmente na sombra, o eclipse é chamado de parcial.
Coincidentemente, a data é a mesma em que, há 50 anos, era lançada a missão Apollo 11, que levou o primeiro homem a pisar na Lua em 20 de julho de 1969.
No Planetário da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), que tem programação especial pelo cinquentenário do feito, dezenas de pessoas se reuniam desde antes do horário de observação previsto, às 18h30min, para acompanhar o fenômeno. A universidade destacou equipes do local e equipamentos, como telescópios e binóculos, para quem quisesse acompanhar mais de perto o eclipse. O fenômeno é perceptível principalmente até as 20h.
— Que lindo esse eclipse! — exclamava, animada, Fernanda Maraschin, 11 anos. — Eu nunca tinha visto um eclipse na vida!
— Eu também não! Tô adorando — celebrava a amiga, Isabela Rosa, da mesma idade.
Enquanto filas se formavam atrás dos equipamentos destacados para observar o fenômeno, as pequenas apressaram-se em perguntar como poderiam ver o eclipse, já que os telescópios estavam muito altos. Um funcionário tratou de resolver o problema: colocou o celular frente à lente e, assim, elas puderam ver o que só os mais altos estavam conseguindo. Mas não demorou para a equipe de apoio arrumar um banquinho para que elas – e as demais crianças – pudessem ver o eclipse mais de perto.
O evento, diferente do eclipse solar registrado no início do mês, pode tranquilamente ser observado a olho nu: basta olhar para o céu e admirar a Lua. Mais ainda porque o próximo eclipse parcial só vai acontecer em meados do ano que vem.
— O planetário é um espaço para a comunicação da ciência ao público, então sempre que temos eventos como esse, procuramos disponibilizar nosso conhecimento e equipamentos para quem quiser observar o céu — destaca Daniela Pavani, diretora do Planetário da UFRGS.
No colo da mãe, Maria Rosa, seis anos, aprendia como olhar para a Lua no telescópio.
— Tem que fechar um olho, filha. Conseguiu ver? — dizia a mãe, Clarissa Britz.
— Agora sim!
Animada, Maria descrevia com um sorriso no rosto sua experiência astronômica:
— Tinha uma cratera! Achei muito legal.
O último eclipse lunar visível para os gaúchos ocorreu em 20 de janeiro deste ano. Ele foi total, mas a visibilidade foi prejudicada por conta das más condições meteorológicas. O próximo acontecerá em 5 de junho do próximo ano.