A astrônoma e astrofísica Duília de Mello, 54 anos, olhou para fora do planeta antes de muitos de nós. Nos anos 1990, a cientista paulista viu as imagens do universo pelas lentes de um dos primeiros telescópios a se popularizar – o Hubble. Iniciou a carreira quando a astronomia era uma ciência que a maioria dos brasileiros conhecia apenas pelos filmes de ficção científica. Chegou à National Aeronautics and Space Administration (Nasa), agência espacial dos Estados Unidos, algo raro para quem teve sua formação no Brasil, país com pouco investimento em pesquisa científica (leia mais sobre sua trajetória ao final desta entrevista). A seguir, ela relembra toda a sua trajetória, fala sobre a necessidade de o pesquisador dar visibilidade a seus trabalhos, sobre a situação da ciência (e dos cientistas) no Brasil e, agora, de sua mais recente missão: resgatar, nos EUA, um dos maiores acervos brasilianistas no planeta.
Com a Palavra
"O problema da ciência no Brasil é que tudo é cíclico. Depende de quem está no poder", diz brasileira da Nasa
Paulista, astrônoma Duília de Mello fez carreira nos EUA. Nesta entrevista, analisa a situação dos cientistas no Brasil e a necessidade de o pesquisador dar visibilidade a seus trabalhos
Rodrigo Lopes
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