Professora emérita da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Heloisa Buarque de Hollanda, 78 anos, é uma voz de proa dos estudos da literatura e da cultura contemporâneas. E também uma voz dissonante. Diz que os intelectuais estão com medo de perder seus feudos frente à disseminação de conhecimento proporcionada pelas novas tecnologias. Por isso, segundo ela, é hora de sair da torre de marfim para articular saberes entre academia e periferia, como faz no projeto Universidade das Quebradas. Uma das pioneiras no estudo do feminismo no Brasil, ela publicará em julho, pela Companhia das Letras, o livro Explosão Feminista, sobre a quarta onda do movimento, turbinada pela internet. Esse foi o tema da aula inaugural do primeiro semestre no Programa de Pós-Graduação em Letras da UFRGS, que a trouxe a Porto Alegre em março.
Com a Palavra
"O papel do homem no feminismo é se desconstruir", diz Heloisa Buarque de Hollanda
Teórica e crítica da cultura fala sobre a chamada quarta onda feminista, Bolsonaro, a troca entre mundo acadêmico e periferia e o papel que os intelectuais deveriam exercer
Fábio Prikladnicki
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