Arqueólogos encontraram um fóssil com corpo de aranha e cauda de escorpião em Miamar, no sul do continente asiático. A criatura viveu há 100 milhões de anos e estava conservada em âmbar – uma resina de árvore fossilizada.
A descoberta é descrita em um artigo publicado na segunda-feira (5) na revista científica Nature Ecology & Evolution por uma equipe da Universidade do Kansas, nos Estados Unidos, e pesquisadores de outros países.
O estudo vem sendo tratado com importância pelos cientistas, pois o espécime também pertence à classe dos aracnídeos e pode auxiliar os pesquisadores a desvendarem a origem do animal de oito pernas.
Em entrevista à BBC News, Russel Garwood, pesquisador da Universidade de Manchester, na Inglaterra, disse que "as aranhas evoluíram a partir de aracnídeos que tinham cauda há mais de 315 milhões de anos". No entanto, os pesquisadores não tinham encontrado nenhum fóssil que comprovasse essa afirmação.
Batizado de Chimerarachne yingi, o espécime viveu no período cretáceo. Assim como as aranhas, o animal tinha a capacidade de produzir fios de seda com um órgão localizado na parte traseira do corpo mas, diferente da sua "prima mais nova", era improvável que construísse teias.
Os pesquisadores acreditam que o animal vivia nos troncos das árvores, e não existe uma confirmação sobre ele ter sido venenoso e sobre qual a função da cauda.