Once in a blue moon. É uma expressão em língua inglesa usada para fazer referência a eventos que costumam acontecer muito de vez em quando. Como, por exemplo, promover uma limpeza geral nas gavetas e prateleiras de casa, ou separar todas as roupas que você já não usa mais para doação. Traduzida literalmente, significa algo como "uma vez por lua azul". A ideia é relacionar o fenômeno, esporádico, a situações do dia a dia que também não acontecem com muita frequência.
Se usássemos a expressão por aqui, 2018 poderia ser visto como ideal para colocar em prática aqueles compromissos que vêm sendo adiados há algum tempo. Isso porque o ano terá, logo em janeiro, uma lua azul — quando duas luas cheias são registradas no mesmo mês.
Em 1º de janeiro, tivemos a primeira lua cheia do ano – ela foi, aliás, uma "superlua", maior e mais brilhante que o satélite normalmente aparenta estar nessa fase – e nesta quarta-feira (31), teremos a segunda do mês. E ela estará novamente no seu perigeu (a menor distância da lua à Terra), portanto, será outra "superlua". Se quiser, pode chamá-la então de "superlua azul".
O satélite não chega a mudar de cor, a ficar mais azulado, nada disso. O que há, então, de especial? Bem, ela parecerá, pela segunda vez no mês, um tanto maior e mais brilhante. O fenômeno em si não é muito mais que a incomum coincidência que motiva a tal da expressão, utilizada principalmente na América do Norte.
Ainda no dia 31, haverá um eclipse lunar total, que ocorre quando a lua é ocultada pela sombra da Terra. E, dessa vez, o satélite deverá, sim, "assumir" outra cor. Graças à refração da luz do Sol, a lua fica notavelmente vermelha, o que garante a essa ocasião o nome "lua de sangue". Não será possível, porém, enxergá-la assim, colorida, do Brasil: o fenômeno será visível presencialmente apenas na Ásia, Austrália, Oceano Pacífico e no oeste da América do Norte.
Ainda tem mais: a lua azul não será a única do primeiro trimestre: também março terá duas luas cheias – que não serão, porém, "super". Só daqui a quase duas décadas, em 2037, conforme cálculos do site especializado earthsky.org, teremos novamente uma lua azul em janeiro e outra em março.
Para fechar o calendário espacial de verão, em fevereiro será possível observar um eclipse parcial do Sol. No fim de tarde do dia 15, quando o astro estiver se pondo, a partir das 19h47min no Rio Grande do Sul, a Lua vai começar a encobrir o Sol. No Estado, o tempo de observação será curto: encerra-se às 20h09min, quando o astro se põe com 4,2% da área de seu disco eclipsada. Para todos esses fenômenos, vale torcer por céu limpo e tempo seco, que garantirão mais chances de conferir o que o céu prepara para este verão.
JANEIRO
"Superlua azul"
Quando duas luas cheias ocorrem no mesmo mês, temos a chamada lua azul. Ela não muda de cor: o fenômeno se refere apenas à incomum coincidência de essa fase acontecer duas vezes ao longo de 31 dias. Para ver o fenômeno, não tem mistério: é só olhar para a lua no céu.
Eclipse lunar total
Acontecerá na noite de 31 de janeiro, quando a lua será ocultada pela sombra da Terra. Não será possível, porém, observar a lua de sangue do Rio Grande do Sul: ele apenas será visível na Ásia, Austrália, Oceano Pacífico e oeste América do Norte.
FEVEREIRO
Eclipse parcial do Sol
Ocorre quando a lua fica entre a Terra e o Sol e oculta parcialmente a sua luz. Para quem estiver no Rio Grande do Sul, será visível em 15 de fevereiro, das 19h47min às 20h09min (horário de verão). Mas não olhe diretamente para o Sol sem proteção adequada.
MARÇO
Mais uma Lua Azul
A segunda lua azul do primeiro trimestre acontece às 9h37min do dia 31 de março, depois de o mês registrar sua primeira lua cheia no dia 1º, às 21h51min. Serão, assim, quatro luas cheias — e duas luas azuis — em apenas três meses em 2018.