Embora as pesquisas científicas não sejam conclusivas sobre os efeitos das ondas de radiação emitidas pelos celulares à saúde, a preocupação com os possíveis riscos levou o Departamento de Saúde Pública da Califórnia, nos Estados Unidos, a emitir diretrizes sobre como minimizar a exposição. O manual oficial com dicas, como manter o aparelho longe da cama à noite, foi divulgado na semana passada. As informações são da revista Forbes.
Alguns estudos sugerem um risco ligeiramente aumentado de câncer cerebral e de tumores na glândula salivar por conta das radiações. Outros apontam para redução do número de espermatozoides e da qualidade do esperma de homens, além de efeitos para a aprendizagem e memória, dores de cabeça e sono. No entanto, o relatório reforça que é preciso aprofundar as pesquisas.
"Embora a ciência ainda esteja evoluindo, alguns profissionais da saúde pública apontam a relação entre a exposição a longo prazo da energia emitida por telefones celulares e problemas de saúde", disse a diretora de Saúde Pública, Karen Smith, em comunicado.
"Nós sabemos que passos simples, como não manter o telefone no bolso e afastá-lo de sua cama durante a noite, podem ajudar a reduzir a exposição para crianças e adultos", complementou ela.
Para a diretora, é preciso ter mais atenção à exposição de crianças e de adolescentes à radiação, uma vez que seus cérebros ainda estão em desenvolvimento.
Confira algumas das recomendações
- Manter o telefone longe do corpo sempre que possível. Guardá-lo em uma bolsa ou pasta em vez do bolso da roupa ou sutiã.
- Reduzir o uso do aparelho quando o sinal está fraco (quando mostra apenas uma ou duas barras), já que nesses casos o aparelho emite mais ondas de radiação.
- Evitar o streamming de áudio ou vídeo. A recomendação é fazer o download do arquivo e, para conferir, colocar o celular em modo avião para diminuir a emissão das ondas.
- Manter o telefone longe da cama à noite, principalmente longe da cabeça.