
Jediel Sales Barreto, 52 anos, foi assassinado a tiros na última segunda-feira (24) no portão da casa onde vivia com a família. No local estavam três filhos dele, que vivenciaram os momentos de terror do crime, mas não se feriram. A Polícia Civil investiga a morte, que ainda ressoa entre amigos e parentes da vítima.
— Era muito trabalhador, honesto, uma pessoa muito alegre e com um coração gigante, amava ajudar as pessoas (...) Uma pessoa de bem que teve a vida ceifada de uma forma tão trágica — lamenta um primo da vítima, que optou por não se identificar.
Pai de quatro filhos e um marido fiel, segundo familiares, Barreto é natural do Ceará. Há cerca de quatro décadas, veio para o Rio Grande do Sul junto da família em busca de sonhos.
— Ele era muito amigável, não brigava com ninguém. Estava sempre de bom humor. Um bom cristão, pai e marido. Sempre muito sorridente — ressalta um amigo da vítima há cerca de 30 anos, que não será identificado.
Considerado por parentes um "homem honesto" e com "personalidade digna", Barreto costumava frequentar a Igreja Presbiteriana do Brasil. Nos finais de semana, gostava de jogar futebol.
A vítima atuava como vendedor autônomo, segundo relatos de parentes. Conforme a polícia, ele também possuía 26 imóveis, que eram alugados. No fim de semana anterior ao crime, os suspeitos teriam realizados contatos, fingindo interesse em realizar locação.
A investigação
A Polícia Civil acredita que o homem tenha sido vítima de uma espécie de emboscada, com motivação financeira. A investigação trata o caso como latrocínio, que é o roubo com morte.
Barreto foi morto com disparos de arma de fogo na barriga e no peito, no portão da casa onde vivia com a família. A polícia suspeita que, ao perceber que eram criminosos, o homem tenha reagido.
Logo depois do crime, um dos suspeitos, de 22 anos, identificado como o atirador, foi preso pela Brigada Militar. Próximo dali, os policiais também prenderam um casal dentro de um veículo que seria usado para a fuga. No Versa, estavam uma mulher, de 42 anos, e um homem, de 29, ao volante. A suspeita era ex-vizinha da vítima.
Informalmente, aos policiais, o suspeito de ser o atirador admitiu ter sido contratado pela mulher para cometer o crime.
Um adolescente de 17 anos, que também teria participado da abordagem à vítima e estava portando uma faca, foi apreendido.
A polícia suspeita que a situação financeira da vítima tenha atraído os criminosos e acredita que o grupo queria obter alguma vantagem, como invadir a residência para roubar ou mesmo sequestrar o morador, com intuito de conseguir dinheiro.