A Polícia Federal prendeu na manhã desta quinta-feira (7) um homem suspeito de liderar uma organização criminosa que aplicava golpes envolvendo falsos investimentos financeiros. A prisão ocorreu em Portão, no Vale do Sinos. O grupo teria atuação centrada em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, mas teria feito vítimas em todo o Brasil.
Segundo a PF, a organização oferecia investimentos em diversas modalidades financeiras, incluindo criptomoedas, e prometia rendimentos irreais.
A investigação apontou que as vítimas chegavam a receber um valor inicial, para que passassem a confiar no grupo. Na sequência, os clientes deixavam de receber qualquer retorno.
Os golpistas captavam vítimas por meio de grupos de mensagens e indicações. O grupo possuía um site e ainda dava palestras e entrevistas sobre investimentos. A Polícia Federal não divulgou o nome do preso.
Estima-se que cerca de 10 mil pessoas tenham sido lesadas, e mais de R$ 250 milhões tenham sido captados pela organização. Com esse dinheiro, integrantes do grupo teriam adquirido imóveis e carros de luxo, além de aplicar em contas no Exterior, como forma de lavar o dinheiro, de acordo com a Polícia Federal.
Foram cumpridos 28 mandados de busca e apreensão em nove cidades, sendo cinco no Rio Grande do Sul: Caxias do Sul, Bento Gonçalves, Três Coroas, Sapiranga e Portão. Em Santa Catarina a ação ocorreu em endereços de Joinville, Chapecó, Jaraguá e São Miguel do Oeste.
Além da prisão do suposto líder da organização, foram apreendidos oito veículos, R$ 90 mil em espécie e milhões de reais ainda não contabilizados em bitcoins.