O homem preso preventivamente pela morte de Aristides Mathias Flach Braga durante briga na Cidade Baixa, obteve liberdade por decisão judicial a pedido da Polícia Civil, conforme informou nesta sexta-feira (18) o delegado Eric Dutra. Ele foi solto nesta tarde.
Braga era investigado por crimes de ódio e envolvimento com grupos neonazistas. Em outubro de 2022, Aristides Mathias Flach Braga havia se tornado réu por comparar pessoas negras a macacos. Ele também teria oferecido banana em lives pela internet.
Segundo o delegado, o investigado agiu por legítima defesa, após ser atacado pela vítima e por um outro homem, que está internado em estado gravíssimo.
Por se tratar de legítima defesa, o homem não será indiciado, explica a Polícia Civil.
Relembre o caso
O caso aconteceu na madrugada de segunda-feira (14), no bairro Cidade Baixa. Segundo a Polícia Civil, o homem foi atacado pela vítima, Aristides Braga, e um amigo, a golpes de porrete com pregos. A investigação revelou que o homem já havia sido ameaçado por ambos anteriormente.
Ao reagir à agressão, o homem acertou Braga e o amigo com golpes de canivete.
Réu por racismo
Braga era réu por racismo e também suspeito de integrar um grupo neonazista. A polícia segue investigando outros indícios sobre o grupo que surgiram com a morte dele.
Ele se tornou réu em 2022 por comparar pessoas negras a macacos. O homem também era suspeito de integrar um grupo neonazista e investigado por ameaças de teor racista contra o ator Douglas Silva, ex-participante do BBB.
Segundo o Tribunal de Justiça, uma audiência no processo que Braga respondia seria realizada na próxima segunda-feira (21).
Na ocasião em que Braga se tornou réu, a defesa afirmou que ele não havia praticado nenhum ato ilícito. Os advogados sustentavam que equipamentos pessoais e contas nas redes sociais do homem haviam sido hackeados.