Continuam internados em estado grave dois dos policiais militares feridos no tiroteio em Novo Hamburgo, no Vale do Sinos, ocorrido entre a noite de terça (22) e a madrugada de quarta-feira (24). Ambos estão no Hospital Municipal da cidade.
Conforme boletim divulgado às 8h pela Fundação de Saúde Pública de Novo Hamburgo (FSNH), o PM Rodrigo Weber Volz, 31 anos, encontra-se em estado gravíssimo na UTI da casa de saúde. Já o estado de saúde de João Paulo Farias Oliveira, 26, é considerado grave.
A mãe do atirador, Cleris Crippa, 70, e a cunhada dele, Priscilla Martins, 41, estão internadas no Hospital Centenário, em São Leopoldo. Ambas — que passaram por operações nas regiões do tórax e do abdômen — seguem em estado grave, mas estáveis.
A policial militar Joseane Muller, 38, que foi transferida para o Hospital da Brigada Militar de Porto Alegre com ferimento de tiro em um dos braços, não corre risco de vida. Ainda não há nova atualização sobre o estado de saúde do guarda municipal Volmir de Souza, 54, que está no Hospital da Unimed — na tarde passada, o quadro de saúde dele era considerado estável.
Ataque em NH
Edson Fernando Crippa, 45 anos, morava com os pais no bairro Ouro Branco, em Novo Hamburgo. Na noite de terça, o irmão dele, Everton Luciano Crippa, e a esposa foram até a casa onde os três moravam. Vizinhos comentam que a próxima sexta-feira (25) é a data de aniversário da matriarca e que esse seria o motivo da reunião familiar.
Após um desentendimento, o pai, Eugênio Crippa, 74, chamou a Brigada Militar por volta de 22h. Ele e a mulher relataram ter sofrido maus-tratos do filho.
Ao ver os policiais na casa, por volta de 23h, Edson efetuou cerca de 300 disparos de pistola calibre 9mm e 380. Os tiros atingiram pelo menos nove pessoas, entre familiares, agentes da BM e da Guarda Municipal.
A troca de tiros com os agentes se estendeu durante a madrugada. Houve pelo menos dois momentos de confronto. Ele permaneceu dentro de casa por cerca de nove horas sob cerco da polícia.
Por volta de 8h30min de quarta-feira, os policiais militares entraram na casa e constataram a morte do atirador. Segundo a polícia, não há sinais de que ele tenha tirado a própria vida. Ainda não se sabe em que momento exatamente ocorreu a morte.
As vítimas
Morreram no tiroteio o policial militar Éverton Kirsch Júnior, 31 anos; o pai do atirador, Eugênio Crippa, 74; e o irmão, Everton Crippa, 49, que chegou a ser levado ao hospital, mas não resistiu.