O médico Saulo Moisés Lopes Martins, que atropelou e matou uma mulher de 66 anos na última terça-feira (24), em Sapiranga, foi solto pela Justiça. Ele foi liberado da prisão após passar por audiência de custódia no final da tarde de quarta-feira (25). Ele não chegou a ser levado para o sistema prisional.
Segundo o Tribunal de Justiça, no entendimento do juiz de Direito Marcos La Porta da Silva, se trata de um crime culposo, em que não houve a intenção de matar, além de se tratar de um réu primário. Mesmo em liberdade, Saulo deverá cumprir medidas cautelares. Além de ter sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH) suspensa por um ano, o médico deverá usar tornozeleira eletrônica, tendo que permanecer em casa das 21h às 6h. Além disso, precisará comparecer em juízo mensalmente para justificar suas atividades.
A defesa de Saulo, através do advogado Marcos Moojen, garante que ele poderá seguir trabalhando. No entanto, a prefeitura de Parobé o afastou de suas funções na cidade, onde atuava em um hospital e em postos de saúde. Moojen afirmou em nota (leia abaixo) que seu cliente está colaborando com as autoridades.
Relembre o caso
Saulo Moisés Lopes Martins conduzia um Mitsubishi ASX na RS-239 em Parobé na manhã de terça-feira (24). No quilômetro 27 da via, em Sapiranga, ele atingiu uma pedestre, identificada como Anna Gonchoroski, de 66 anos. Ele fugiu sem prestar socorro. Horas depois, a polícia o localizou em uma Unidade Básica de Saúde de Parobé.
Saulo tem antecedentes na polícia por se envolver em outro atropelamento com morte. Zero Hora apurou que o caso ocorreu em 2017, na BR-116 em Esteio. Informações sobre o andamento do processo não foram divulgadas.
O que diz a defesa de Saulo Moisés Lopes Martins
"Em nome da defesa de nosso cliente, gostaríamos de nos manifestar sobre o trágico acidente ocorrido no dia 24/09/2024, que resultou no falecimento da Sra. Anna Gonchoroski.
Lamentamos profundamente o ocorrido e prestamos as mais sinceras condolências à família e aos amigos da vítima. Trata-se de uma situação dolorosa para todos os envolvidos, e o cliente está à disposição da Justiça para que todos os fatos sejam devidamente apurados. Gostaríamos de esclarecer que nosso cliente jamais teve a intenção de causar qualquer dano. O acidente foi uma fatalidade, e estamos certos de que no curso do processo ficará claro que não houve dolo ou intenção de se esquivar das responsabilidades.
A defesa reitera que o cliente está, por decisão judicial, posto em liberdade e cooperando integralmente com as autoridades competentes, confiando que a verdade será esclarecida ao longo da investigação. Neste momento, pedimos respeito à privacidade do cliente e de sua família, que também estão profundamente impactados por esta tragédia."