A Polícia Civil ouviu preliminarmente, no fim de semana, testemunhas e os policiais militares envolvidos na morte de uma mulher durante abordagem da Brigada Militar na madrugada de sábado (13), na zona norte de Porto Alegre. Nos próximos dias, eles devem ser chamados novamente para prestar novos depoimentos. A investigação busca saber se houve erro na conduta dos PMs durante a ocorrência que culminou na morte de Sabrina de Oliveira Moreira, 27 anos.
Os primeiros depoimentos colhidos pela polícia dão conta de que os policiais foram chamados para verificar uma suposta briga com disparo de arma de fogo em um bar na Rua José Hilário Retamozo, no bairro Mario Quintana. Os brigadianos contaram que, durante a abordagem, teriam enfrentado resistência por parte de Sabrina e de outros dois homens. Ela teria tentado tirar a arma de um dos policiais, que acabou atirando. A vítima foi encaminhada ao hospital Cristo Redentor com ferimentos na região do tórax, mas morreu.
Alguns relatos apontam que a reação de Sabrina teria sido provocado após os policiais terem abordado o irmão dela.
— Tem alguns desencontros de informações iniciais. A gente vai aproveitar essas oitivas que serão todas feitas novamente para suprir eventuais dúvidas — afirma o delegado Daniel Queiroz, da 5ª Delegacia de Homicídios de Porto Alegre, que assumiu as investigações nesta segunda-feira (15).
Ainda no sábado, a Brigada Militar afirmou, em nota, que instaurou um Inquérito Policial Militar para apurar a conduta dos policiais do 20° Batalhão.
Sabrina foi velada e sepultada no domingo (14) em Alvorada. Ela deixa três filhos.