Uma nova sede da Delegacia de Tramandaí vai aumentar a possibilidade de atendimentos com plantão 24 horas no Litoral Norte. A expectativa do Secretário da Segurança Pública do Rio Grande do Sul, Sandro Caron, é de que a inauguração do espaço ocorra entre 15 e 20 dias. Com isso, é esperada a redução do tempo de atendimento de ocorrências no município e também para outras cidades da região.
A demanda por aumento de atendimento no plantão foi uma das pautas apresentadas na manhã desta quarta-feira (17) em reunião entre os prefeitos de Balneário Pinhal e Cidreira com o titular da pasta. As cidades pedem reforço na segurança desde que uma chacina deixou cinco mortos. Dois dias após, um policial foi baleado por um suspeito de tráfico de drogas em Pinhal. O criminoso foi morto na reação dos policiais. As delegacias dos dois municípios não possuem plantão e casos que ocorrem após as 18h precisam ser registrados em Imbé, a cerca de 30 quilômetros de distância.
De acordo com a prefeita de Balneário Pinhal, Marcia Tedesco, a instalação do plantão em Tramandaí facilita pela localização.
— Tramandaí é mais próximo e não precisamos passar pela ponte até Imbé que em muitas vezes tem trânsito intenso e dificulta até chegar. Em Tramandaí a localização da Delegacia fica mais retirada ao Sul do município, então facilita para a ida de Balneário Pinhal e Cidreira. Mas não resolve a situação de Palmares do Sul, Tavares e Mostardas — avalia.
Em entrevista ao Gaúcha Mais, da Rádio Gaúcha, Caron afirmou que com o atual efetivo de policiais civis não é possível criar mais um plantão de atendimento específico para Cidreira ou Balneário Pinhal. Na reunião, os prefeitos também pediram reforço no policiamento de forma definitiva nas cidades e a reinstalação do posto da Brigada Militar em Balneário Pinhal. Segundo Caron, o Estado se compromete a aumentar os efetivos das forças de segurança na região.
— Estamos buscando interessados nas forças de segurança, na Brigada Militar e na Polícia Civil, para serem removidos em definitivo para Pinhal e Cidreira.
O Secretário não estipulou prazo para quando isso deve ocorrer. De acordo com Caron, desde a chacina são pelo menos dez policiais civis e 68 militares que reforçam a segurança na região.
— Fica meu compromisso muito claro de dar uma resposta rápida e muito firme, vai ser uma resposta desproporcional, muito forte em relação ao que ocorreu para a criminalidade. Para que fique o recado que não vamos admitir esse tipo de fato. Vamos manter o reforço lá o tempo que for necessário.
Ainda conforme o Secretário da Segurança Pública, o tráfico de drogas na região está por trás da chacina em Cidreira. Ele afirma que o inquérito está adiantado, mas prefere não dar detalhes para não prejudicar os trabalhos de investigação.