A Rodoviária do Rio de Janeiro foi cenário de um sequestro de ônibus nesta terça-feira (12). O sequestrador se entregou cerca de três horas depois de ter feito 17 passageiros reféns na condução. O veículo sequestrado é da empresa Viação Sampaio, que deveria ter partido para Juiz de Fora, em Minas Gerais, às 14h30min.
Antes do criminoso tomar o coletivo, pelo menos duas pessoas foram feridas. Uma delas foi atingida por tiros e levada ao Hospital Souza Aguiar. A vítima sofreu ferimentos no tórax e no abdômen, ficando em estado grave. A outra, ficou ferida por estilhaços e encaminhada para a rede de saúde privada.
Ainda não se sabe a motivação do criminoso, tampouco de quem se trata. As investigações seguem.
O Rio de Janeiro já viveu outros episódios semelhantes no passado. Veja alguns deles:
Sequestro de ônibus 174, em 2000
Em junho de 2000, um ônibus da linha 174 foi sequestrado na Rua Jardim Botânico por volta das 14h20min.
Dez passageiros ficaram sob o domínio do sequestrador Sandro do Nascimento por cerca de quatro horas, período em que policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) negociavam com o criminoso para a soltura dos reféns. O caso ganhou repercussão nacional, e o sequestro foi transmitido ao vivo pelas TVs.
O sequestrador saiu do veículo usando a professora Geise Firmo Gonçalves como escudo e ela acabou morta. Um dos policiais do Bope se aproximou do criminoso, mas acertou a refém ao efetuar o disparo.
Nascimento ainda deu outros três tiros contra Geise. O sequestrador foi colocado em um camburão e morreu asfixiado dentro do veículo. Os agentes foram acusados de homicídio qualificado, mas foram absolvidos pelo Tribunal do Júri do Rio.
Em 2002, a ação virou um documentário chamado Ônibus 174, com direção de Felipe Lacerda e José Padilha.
Sequestro na ponte Rio-Niterói em 2019
Em caso mais recente, em 20 de agosto de 2019, outro ônibus foi sequestrado no Rio de Janeiro, na Ponte Rio-Niterói. O sequestrador, identificado como Willian Augusto da Silva, manteve 39 passageiros reféns por mais de três horas.
O criminoso acabou sendo alvejado por um atirador de elite do Bope quando saiu do veículo e morreu no local. Descobriu-se depois que ele portava uma arma de brinquedo. Os reféns não ficaram feridos. O caso ficou marcado pela cena do então governador, Wilson Witzel, com os braços erguidos comemorando a morte do sequestrador e a conclusão do caso sem outros feridos.