Dois homens foram vistos por agricultores em uma plantação na zona rural de Baraúna, no Rio Grande do Norte, na tarde da última quinta-feira (29). Fontes da força-tarefa confirmaram que os suspeitos são os fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró. A informação foi divulgada pela Inter TV Cabugi e posteriormente pelo g1.
Rogério da Silva Mendonça, 35 anos, e Deibson Cabral Nascimento, 33, fugiram da penitenciária em 14 de fevereiro. A fuga dos dois presos foi o primeiro episódio em casas prisionais federais. A força-tarefa entrou no 17º dia de buscas pela dupla nesta sexta-feira (1º).
A informação de que dois homens suspeitos perambulavam por uma plantação de banana, por volta das 13h de quinta, no Assentamento Vila Nova 2, foi relatada por trabalhadores rurais à polícia. No local, a 30 quilômetros do presídio, pegadas que seriam dos fugitivos foram encontradas.
Após a informação, um novo cerco policial foi montado com o intuito de recapturar os foragidos. A ação entrou pela madrugada desta sexta-feira, mas não resultou na prisão dos homens.
Os relatos
— Eu estava na plantação de banana quando vi uma sombra. Chamei minha amiga e, quando nos aproximamos, aquela pessoa se distanciou. Vimos um outro rapaz, do outro lado da estrada, na mata, enquanto o que estava ainda nas bananeiras esperava uma moto, que vinha no caminho, passar. Quando passou, ele atravessou a estrada, encontrou o outro e os dois saíram depressa no mato — disse uma das trabalhadoras, que preferiu não se identificar.
Outras duas trabalhadoras relataram que os dois eram desconhecidos no assentamento, o que gerou desconfiança.
— A gente conhece todo mundo aqui e eles não eram daqui. Primeiro que jamais algum dos homens que trabalham na região correria da gente daquele jeito, assustado, se escondendo. Eles estavam muito sujos — contou uma trabalhadora.
A descrição da aparência dos homens foi um dos fatores que aumentou a percepção da polícia de que os dois sujeitos poderiam ser os fugitivos. Mais tarde, após cães farejadores seguirem o mesmo caminho na plantação, a hipótese da política foi reforçada, uma vez que houve indícios que os animais teriam reconhecido o odor dos criminosos.
As novas pistas fez com que a polícia reforçasse o patrulhamento na região na quinta-feira, inclusive fazendo uso de helicóptero e drones que detectam temperatura corporal. Agentes especializados em área de mata também passaram a atuar na operação de buscas.