Os dois detentos que fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, no último dia 14, se esconderam em uma casa, na zona rural de Baraúna, durante sete dias. Segundo a polícia, os presos pagaram cerca de R$ 5 mil para permanecer no local. As informações são do g1.
Próximo desta residência, os investigadores encontraram um buraco, similar a um bunker, que era usado pelos detentos como esconderijo para que drones que detectam calor humano não os localizassem. No local, os agentes também encontraram redes para dormir, embalagens de comida, um facão e uma lona.
As buscas pelos fugitivos se concentram agora no entorno da cidade de Barúna, a cerca de 22 quilômetros do presídio federal de Mossoró. Centenas de agentes das forças de segurança atuam, em revezamento, durante dia e noite, na busca pelos presos.
Quem são os fugitivos de Mossoró
Rogério da Silva Mendonça, 35 anos, e Deibson Cabral Nascimento, 33, acumulam mais de 80 processos judiciais no Tribunal de Justiça do Acre, o Estado de onde foram transferidos para o Rio Grande do Norte, e totalizam 155 anos em sentenças condenatórias, conforme informações do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen-AC).
De acordo com o Ministério da Justiça, os fugitivos têm vínculos com o Comando Vermelho, uma facção associada a Fernandinho Beira-Mar, que também está detido na mesma unidade federal em Mossoró.
Em 27 de setembro do ano passado, a dupla foi encaminhada para o presídio federal de Mossoró após sua participação em uma rebelião no presídio de segurança máxima Antônio Amaro, em Rio Branco (AC). Essa insurgência culminou na morte de cinco detentos, sendo três deles decapitados.
Rogério da Silva Mendonça enfrenta mais de 50 processos, incluindo acusações de homicídio e roubo. Sua sentença totaliza 74 anos de prisão, considerando a soma das penas.
Deibson Cabral Nascimento é associado a mais de 30 processos, enfrentando acusações de organização criminosa, tráfico de drogas e roubo. Sua sentença totaliza 81 anos de prisão em condenações.
Antes de serem transferidos para o presídio de Mossoró, ambos os presos também estiveram na Penitenciária Federal de Catanduvas, no Paraná, e no sistema prisional do Acre.