Após a fuga de dois detentos em Mossoró, no Rio Grande do Norte, uma portaria do Ministério da Justiça e Segurança Pública foi emitida para suspender os banhos de sol, as visitas sociais e de advogados nos presídios federais nos dias 15 e 16 de fevereiro. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
Adicionalmente, as atividades de assistência educacional, laboral e religiosa foram suspensas. Apenas os atendimentos emergenciais de saúde permanecem em vigor.
Os fugitivos foram identificados como Rogério da Silva Mendonça, 35 anos, e Deibson Cabral Nascimento, 33. Em conjunto, eles acumulam mais de 80 processos judiciais no Tribunal de Justiça do Acre, o Estado de onde foram transferidos para o Rio Grande do Norte, e totalizam 155 anos em sentenças condenatórias, conforme informações do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen-AC).
Segundo fontes com acesso à investigação, a principal hipótese até o momento é que os dois detentos tenham utilizado materiais provenientes de uma obra no pátio da penitenciária como instrumentos na ação.
Até o momento, não foram divulgadas informações sobre possível colaboração de agentes penitenciários, outros funcionários ou indivíduos externos na fuga. As diferentes hipóteses estão sendo investigadas, contudo, há um consenso de que houve uma falha na inspeção.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afastou a direção da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, e determinou intervenção na unidade. O afastamento da direção é imediato, afirma nota divulgada na noite de quarta-feira (14) pela assessoria do ministério.
Lewandowski já nomeou um interventor para comandar a penitenciária. Segundo o comunicado, o interventor, um policial penal federal, já está em Mossoró. Ele foi para a cidade junto com o secretário nacional de Políticas Penais, André Garcia. O nome do policial não informado na nota divulgada pela pasta.