Duas pessoas foram indiciadas pelas mortes dos quatro jovens encontrados inconscientes dentro de um BMW em Balneário Camboriú, no litoral norte de Santa Catarina, em 1º de janeiro. O laudo pericial indicou que as vítimas faleceram devido à asfixia causada pela inalação de monóxido de carbono. As informações são do portal g1.
Após uma modificação no veículo realizada em uma oficina em Goiás, uma falha mecânica resultou na entrada de gás tóxico no carro, concluiu a Polícia Civil. O dono da oficina, em Aparecida de Goiânia (GO), de 35 anos, e um funcionário, de 48, foram indiciados por quatro homicídios culposos, quando não há intenção de matar. O inquérito com esta conclusão foi encaminhado ao Ministério Público e ao Poder Judiciário.
"A investigação apontou que a peça que rompeu foi instalada em julho de 2023, e que o serviço foi realizado por um indivíduo sem qualquer formação técnica, e sob a supervisão e controle do proprietário do estabelecimento", informou a polícia.
Conforme a Polícia Civil, o exame pericial revelou que o monóxido de carbono escapou devido à quebra de uma peça chamada downpipe. O gás ingressou na cabine do veículo pelo sistema de ar-condicionado.
"Os peritos concluíram que a peça, a qual foi instalada em substituição ao catalisador do veículo, foi produzida e montada de forma precária e divergente dos padrões de qualidade do fabricante", completou a corporação.
As vítimas são:
- Gustavo Pereira Silveira Elias, 24 anos
- Karla Aparecida dos Santos, 19 anos
- Tiago de Lima Ribeiro, 21 anos
- Nicolas Kovaleski, 16 anos
Karla, Nicolas e Tiago foram para Santa Catarina com Gustavo para trabalhar em uma empresa que eles iam iniciar. Eles foram com o carro até a rodoviária de Balneário Camboriú para esperar a namorada de Gustavo, que se juntaria a eles após os festejos de Ano-Novo. Os jovens teriam aguardado dentro do carro, com o motor e o ar-condicionado ligados, por cerca de três horas.