Um policial militar fora de serviço e à paisana foi preso em flagrante após dar cinco socos no rosto da esposa, sacar a arma e disparar três vezes contra ela, no meio da rua, após uma discussão que começou dentro de um veículo na zona norte de São Paulo. A mulher foi atingida por dois dos disparos e morreu. Ela foi identidicada como Erika Satelis Ferreira de Lima, e o marido, como o soldado Thiago Cezar de Lima. As informações são do portal g1 e do jornal Folha de S.Paulo.
O crime, flagrado por câmeras de segurança, foi registrado como feminicídio. O soldado, de 36 anos, foi encaminhado para o Presídio Romão Gomes, da Polícia Militar. Ele estava casado com a vítima, de 33 anos, havia seis meses. Ela deixa duas filhas de um relacionamento anterior.
Nas filmagens, é possível observar o veículo estacionado na Rua Bananalzinho, em Perus. Erika abre a porta do lado do motorista, contorna o veículo e abre a porta traseira. Thiago está no banco de trás. Ela tenta retirá-lo dali, mas não conseguem. Ambos deixam o automóvel e começam a discutir do lado de fora.
Thiago é visto desferindo uma sequência de socos no rosto de Erika. Logo depois, atira contra ela. Erika cambaleia e bate a cabeça no porta-malas, caindo no chão. O soldado entra no carro, acelera, mas depois retorna e a arrasta até o veículo. Durante esse episódio, moradores saem de suas residências e acompanham toda a sequência de acontecimentos.
As cenas, amplamente divulgadas nas redes sociais, estão sendo examinadas pela Polícia Civil, que está conduzindo a investigação.
O homem levou a vítima a um hospital, onde foi confirmado o óbito. Conforme o registro policial, ele admitiu ter atirado na esposa após uma discussão. Sua alegação foi de que ela tentou pegar sua arma, justificando assim o disparo. No entanto, as imagens disponíveis não corroboram essa versão dos fatos.
A pistola Glock calibre .40 do policial militar foi confiscada para análise pericial. A Corregedoria da Polícia Militar foi notificada para investigar a conduta do soldado. Além disso, ele enfrentará acusações criminais perante a Polícia Civil.
Ao jornal Folha de S.Paulo, a Secretaria de Estado da Segurança Pública do Estado (SSP-SP) não informou se Thiago de Lima possui advogado. Por meio de redes sociais, o veículo tentou contato com familiares do agente, que não responderam até publicação desta reportagem.