Uma vaquinha virtual foi criada para auxiliar os familiares da gaúcha Catiúscia Machado, de 43 anos, a pagarem o translado do corpo e o funeral no Brasil. A professora foi assassinada em Sydney, na Austrália. O suspeito é o companheiro dela, que está preso no país da Oceania.
Conforme um orçamento feito por brasileiros em Sydney que estão ajudando a família, os trâmites podem custar até 16,5 mil dólares australianos, o que representa cerca de R$ 53 mil. Os amigos ainda tentam garantir parte do valor através de um auxílio do governo australiano e de algum possível seguro contratado pela brasileira.
A meta de arrecadação é de R$ 10 mil, que segundo a descrição vão servir para o translado do corpo, serviços funerários dos dois países e despesa da família, já que os pais moram no Espírito Santo. A doação pode ser feita por meio desta plataforma.
Conforme a família, a previsão é de que o corpo chegue ao Brasil na próxima semana, mas ainda sem data exata. Procurado por GZH, o Itamaraty disse que "permanece à disposição para prestar assistência consular aos familiares da nacional brasileira", mas que não pode divulgar informações detalhadas em respeito à privacidade.
O crime
O homem, de 40 anos, era namorado de Catiúscia e, segundo as informações repassadas pela polícia à família, teria dado um soco na mulher, o que a fez cair e bater com a cabeça em uma banheira. Ele foi detido após ser denunciado por um vizinho.
O namorado compareceu a um tribunal local e não pagou fiança. Ele seguirá preso pelo menos até janeiro, quando irá passar por julgamento no país. O suspeito, que é de Vila Velha, no Espírito Santo, teria histórico de violência doméstica. O irmão de Catiúscia chegou a ser informado da situação antes da morte da professora. A mãe confirmou o caso, mas alegou que a filha nunca disse algo sobre o comportamento do namorado.
O que diz o Itamaraty
O Ministério das Relações Exteriores, por meio do Consulado-Geral do Brasil em Sydney, permanece à disposição para prestar assistência consular aos familiares da nacional brasileira.
Em observância ao direito à privacidade e ao disposto na Lei de Acesso à Informação e no decreto 7.724/2012, informações detalhadas poderão ser repassadas somente mediante autorização dos envolvidos. Assim, o MRE não poderá fornecer dados específicos sobre casos individuais de assistência a cidadãos brasileiros.