O Rio Grande do Sul possui 57 agressores de mulheres monitorados em tempo real por tornozeleira eletrônica. O programa, que começou a operar em junho, possibilita que vítima e órgãos de segurança acompanhem a localização do agressor e atuem em caso de aproximação.
Segundo o Secretário de Segurança Pública Sandro Caron, em entrevista ao Gaúcha Atualidade, na manhã desta sexta-feira (10), a tecnologia já foi responsável por prender 11 homens por descumprimento de medidas protetivas de urgência.
A maior parte dos monitoramentos é em Porto Alegre (24) e Canoas (18). Por enquanto, além dessas duas cidades, o programa existe em Viamão, Gravataí, Pelotas e Rio Grande. As próximas regiões a serem contempladas são o Vale do Sinos e o Litoral, este segundo por conta do veraneio que se aproxima.
Conforme Caron, o plano é que até dezembro de 2024 toda a área do RS esteja coberta pelo programa. A capacidade de operação contratada é de dois mil kits, que são instalados por determinação judicial.
— O feminicídio é um crime completamente diferente dos demais, no que diz respeito à prevenção. Via de regra acontece nos lares, e a única forma que temos de evitar é havendo registro de boletim de ocorrência de modo que o delegado possa pedir ao judiciário medida protetiva de urgência. Não se reduz nem coíbe feminicídio com policiamento na rua — avaliou Caron.
O secretário ainda afirmou que existe previsão de criar uma 2ª Delegacia Especializada de Atendimento á Mulher em Porto Alegre.