De maneira conjunta, as polícias do Rio Grande do Sul e do Uruguai trabalham na investigação da morte do sargento do Comando Rodoviário da Brigada Militar, Paulo Aloir da Luz, 56 anos, ocorrida durante um assalto no sábado (21), em Rivera. A informação mais recente, divulgada nesta terça-feira (24), é de que o policial, apesar de estar armado, não reagiu à ação criminosa.
O relato colhido das seis testemunhas ouvidas até o momento aponta que, por volta das 8h, no dia do assalto, os criminosos interceptaram a van onde estava o policial, além de outros dois passageiros e do motorista. Os bandidos anunciaram o roubo e, ao se incomodarem com a demora para que a porta do veículo fosse aberta, atiraram.
O condutor da van informou que uma das portas do veículo estava com problemas. Tiros atingiram o sargento no peito e um outro passageiro na perna. O policial chegou a ser hospitalizado, mas morreu. A outra vítima recebeu atendimento e já foi liberada do hospital.
Os criminosos fugiram levando uma mochila com uma quantia em dinheiro não divulgada e o celular de uma passageira da van. O carro e esse telefone foram encontrados em uma casa na cidade de Santana do Livramento.
Investigação segue
O delegado Laurence de Moraes Teixeira, diretor da 12ª Delegacia de Polícia Regional do Interior/Santana do Livramento, afirma que todos os esforços estão sendo empregados para identificar os autores.
— O crime é grave. Pela comoção gerada, é prioridade. Mas é uma situação atípica na região, um assalto com resultado morte — avalia Teixeira.
Segundo dados da Secretaria da Segurança Pública do Estado, em Santana do Livramento nenhum latrocínio foi registrado em 2023, até o fim de setembro. Em 2022 houve um registro, assim como em 2021.
O delegado afirma que mais testemunhas serão ouvidas nos próximos dias. Imagens de câmeras da região foram analisadas e outras estão sendo buscadas. É investigada a possibilidade de que os assaltantes tivessem informações sobre o transporte de dinheiro na van.
— Claro, investiga-se essa possibilidade também. Porém, tratando-se de local de comércio intenso, onde pessoas consumam negociar em dinheiro, não se descarta que tenha sido uma ação aleatória — conclui o delegado.
O sargento trabalhava no Batalhão Rodoviário de Sapiranga e estava há 35 anos na corporação. Ele foi sepultado nesta segunda-feira, em Sapiranga. Ele deixa esposa, três filhos e três netos.