A Polícia Civil realiza, na manhã desta quarta-feira (4), escavações no terreno da clínica geriátrica clandestina fechada na segunda (2), em Taquara, no Vale do Paranhana. Com auxílio do Corpo de Bombeiros e da Secretaria de Obras do município, é investigada a possibilidade de que corpos tenham sido enterrados no local. Cães farejadores apoiam o trabalho.
As buscas ocorrem após uma testemunha relatar à polícia que ao menos cinco mortes de internos teriam acontecido no local no período de um ano. A mesma testemunha diz ter visto um dos proprietários da clínica removendo corpos de idosos da instituição.
Como a polícia não tem registros destes óbitos, a investigação tenta descobrir para onde os mortos foram levados. Até o início da tarde, nada foi encontrado no local das escavações. O trabalho deve seguir até o fim do dia.
Fechada na segunda, a clínica funcionava irregularmente no interior de Taquara, na localidade de Santa Cruz de Concórdia. A polícia foi ao local após uma denúncia anônima e diz ter encontrado 10 idosos em condições insalubres, subnutridos e com desidratação. Uma mulher, que se identificou como funcionária da clínica, disse à polícia que era mantida em cárcere privado no estabelecimento.
Dois homens, apontados como responsáveis pela clínica, tiveram a prisão preventiva pedida pela polícia. O pedido, no entanto, foi negado pela Justiça, segundo o delegado Valeriano Garcia Neto. Os dois suspeitos ainda não foram localizados e os nomes deles não foram divulgados.
Idosos estão abrigados pela prefeitura
Os 10 idosos resgatados foram levados a uma clínica geriátrica regular, e a estadia deles está sendo custeada pela prefeitura de Taquara. A Secretaria de Desenvolvimento Social, Trabalho e Cidadania tenta contato com familiares deles, mas até agora ninguém se apresentou.
