A Polícia Civil do Maranhão cumpriu mandados de busca em investigação sobre o cassino online Fortune Tiger, popularmente conhecido como "Jogo do Tigrinho" no Brasil. De acordo com as autoridades, o jogo é ilegal no país.
Em comunicado sobre a Operação Quebrando a Banca, a polícia maranhense disse que o principal alvo é uma mulher que divulga as apostas pelas redes sociais. "Foram cumpridos no total cinco mandados de busca e apreensão em endereços residenciais e comerciais, incluindo uma oficina mecânica, em São Luís. O principal alvo da operação é uma influenciadora digital e divulgadora do jogo. Com ela, os policiais apreenderam três veículos, sendo dois de luxos, três motocicletas e um jet-ski", diz a nota.
Segundo as autoridades, também foi autorizado pela Justiça o bloqueio de R$ 8 milhões na conta bancária da influenciadora, cujo nome a polícia não divulgou. De acordo com o g1, trata-se de Skarlete Mello, 28 anos, que tem cerca de 300 mil seguidores no Instagram, onde ostenta riqueza e divulga o Fortune Tiger.
O g1 procurou a influenciadora para posicionamento, mas não teve retorno. Em uma rede social do marido, ela publicou que foi surpreendida pela operação policial de que foi alvo e disse que os jogos vão continuar e que não tem "culpa de nada".
A polícia agora investiga se há mais vítimas do jogo de azar. Em entrevista ao g1, o delegado-geral da Polícia Civil, Jair Paiva, disse suspeitar que o jogo esteja ligado a um esquema de pirâmide financeira.
— A Plataforma Tiger é um jogo proibido no Brasil. Temos informações de que várias pessoas tiveram prejuízo. As investigações seguem e, se for confirmada a existência de um esquema de pirâmide financeira, os envolvidos serão devidamente responsabilizados — disse.
O chefe da Superintendência Estadual de Investigações Criminais, Augusto Barros, que participou da operação no Maranhão, explicou por que a investigação avalia a possibilidade de esquema de pirâmide:
— Recebemos denúncia de pessoas sendo remuneradas para estimular os consumidores a acessar jogos online que oferecem serviços não autorizados. Daí, quando você convida alguém para participar, ajuda a impulsionar o engajamento em uma plataforma ilegal e, eventualmente, pode ter participação na ilegalidade. Um indicativo é que os influenciadores são pagos.