O número de roubos de cargas no Rio Grande do Sul teve redução de 23,4% no primeiro semestre deste ano na comparação com o igual período de 2022. Segundo a Polícia Civil, que divulgou os dados neste sábado (15), foram 264 ataques nos últimos seis meses, contra 345 de janeiro a junho do ano passado.
Conforme a polícia, houve a prisão de 48 pessoas nos últimos meses, bem como a recuperação de produtos avaliados em R$ 1,1 milhão. Desde janeiro, a delegacia especializada em combater este tipo de crime realizou nove operações.
Os dados foram divulgados a GZH pela Delegacia de Roubo de Cargas do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic). A delegada Vanessa Pitrez, diretora do órgão, diz que a redução é fruto de um trabalho constante e direcionado a desarticular organizações criminosas por meio de um serviço de inteligência com constante trocas de informações.
— Esse esforço constante da polícia tem feito com que os agentes até se antecipem a alguns crimes, evitando os roubos. Ou então, realizando prisões em flagrante, logo na sequência dos ataques — explica.
Vanessa diz que o foco do Deic, em relação ao roubo de cargas, tem sido o monitoramento de quadrilhas e o rastreamento de cargas roubadas para desmontar a estrutura criminosa: quem rouba, transporta e encomenda os produtos.
Cargas de cigarros
Em relação às cargas de cigarro, a delegada destaca que houve uma grande redução: o percentual, segundo ela, é de 48%. No primeiro semestre de 2022, foram 280 ataques e, nos primeiros seis meses deste ano, 145 registros.
Os cigarros representam 54% do total de cargas roubadas por ladrões entre janeiro e junho de 2023. Dos 264 ataques, 145 ocorreram a motoristas que transportam este tipo de produto — outros 61 casos envolveram cargas diversas e 49 foram de transporte de valores.
Ainda sobre cigarros, em junho, o Deic realizou a última ação do primeiro semestre contra este tipo de delito: dois suspeitos foram presos pela equipe da delegada Isadora Galian.
Sobre as quadrilhas investigadas, o Deic informa que a maioria dos casos aconteceram na Região Metropolitana, no Vale do Sinos e na Serra. A delegada Vanessa diz que os crimes nestas regiões são mais recorrentes não só por causa do maior movimento de cargas, mas têm relação com o grande número de locais — também investigados — responsáveis pela receptação de produtos roubados. Na Região Metropolitana, por exemplo, Porto Alegre, Alvorada e Gravataí lideram em número de registros.