Depois de mais um dia de apenas um depoimento com quase 12 horas de duração, atrasos e intervalo por conta de discussões e palavras ofensivas entre acusação e defesa, a quinta-feira (29) do júri dos quatro réus acusados de planejar e matar Marco Antônio Becker deve ser de mais duas testemunhas escolhidas pelo Ministério Público Federal (MPF). Serão ouvidos o ex-dirigente do Conselho Regional de Medicina do RS (Cremers) Fernando Weber Mattos e o major da Brigada Militar Márcio Batista Nunes Homem.
São julgados o ex-andrologista Bayard Olle Fischer dos Santos, acusado de ser o mandante do crime; um ex-assistente dele, Moisés Gugel, que teria intermediado negociações para matar Becker; o traficante Juraci Oliveira da Silva, o Jura, acusado de planejar o assassinato; e Michael Noroaldo Garcia Câmara, que teria pilotado a moto para o atirador executar o homicídio.
Ainda não há uma definição de qual dos dois falará primeiro. Os trabalhos recomeçam no plenário às 9h da quinta-feira.
A expectativa é que a participação de cada um deles seja menor do que foram as dos delegados que investigaram o Caso Becker. Os policiais civis Rodrigo Bozzetto e Gustavo Fleury tomaram todo o tempo disponível do júri entre terça e quarta-feira.
Ainda que os próximos depoimentos sejam mais curtos, já se comenta, nos bastidores do Tribunal Federal, que o julgamento não cumprirá o prazo inicial de ser concluído na sexta-feira (30). O órgão não se manifestou formalmente sobre esta estimativa temporal.
Tese da defesa
O time de advogados de defesa tentará extrair de Nunes Homem e de Mattos detalhes das diversas inimizades que Marco Antônio Becker teria em vida, levantando outros motivos que fariam alguém além dos réus querer matá-lo.