Após a prisão de mais uma mãe suspeita de explorar sexualmente a própria filha, a Polícia Civil apresentou o indiciamento do grupo investigado por agir contra crianças e adolescente no Rio Grande do Sul. Na manhã desta sexta-feira (26), autoridades informaram que três mulheres foram indiciadas por exploração sexual e estupro de vulnerável. Uma quarta investigada deverá ter a mesma responsabilização ao fim da apuração.
Segundo a polícia, o esquema envolvia um homem apontado como abusador, que foi preso em casa, em Imbé, no Litoral Norte, em 27 de abril. Ele aliciaria as mulheres em ONGs e instituições de amparo, prometendo pagamento imediato, via Pix.
Conforme apuração, algumas negociações ocorriam em um chat, pelo qual seriam repassadas orientações das roupas que as meninas deveriam usar, além da promessa de presentes, como brinquedos e perfumes. Em dado momento, de acordo com as mensagens, o homem e uma das mãe combinam a viagem a um parque aquático.
Segundo a delegada Camila Franco Defaveri, os estupros foram comprovados pelo trabalho do Instituto-Geral de Perícias (IGP), que encontrou vestígios nas vítimas.
— Perícias físicas deram positivas e todas as crianças estão sendo remetidas para fazer os exames de doença sexualmente transmissíveis, além de perícia psíquica — reitera a delegada.
A conclusão dos inquéritos foi apresentada depois do cumprimento de mandados na terceira fase da Operação La Lumière, da 1ª Delegacia da Criança e do Adolescente do Departamento Estadual de Proteção aos Grupos de Vulneráveis.
A primeira prisão aconteceu em Porto Alegre, no dia 27 de abril. As meninas abusadas, nesse caso, tinham oito, 10 e 12 anos.
Na segunda etapa, foram efetuadas detenções em Alvorada e Cachoeirinha: uma estudante de Medicina Veterinária foi detida por suspeita de explorar a filha de seis anos, enquanto uma técnica em enfermagem é apontada por incluir no esquema duas bebês, de um e dois anos, em esquema que teria se iniciado aos seis meses de vida. Avó e tia de uma menina confirmaram, em depoimento, terem ciência dos crimes.
Ao todo, são seis inquéritos na Polícia Civil, incluindo um contra o homem apontado como abusador e as demais mulheres investigadas. Um site de pornografia infantil e uma empresa de tecnologia da informação foram identificadas até o momento.