Na terça-feira (2), a Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ) indiciou um homem que fingia estar preso e divulgava vídeos nas redes sociais em uma suposta cela, que na verdade fazia parte de um cenário falso construído nos fundos da barbearia onde trabalha. Rômulo Felipe Freire, 47 anos, dizia estar no Complexo Penitenciário de Gericinó, no Rio de Janeiro, em vídeos publicados no Instagram e no TikTok, segundo o site g1.
Freire foi indiciado pelos crimes de apologia ao crime, estelionato e incitação ao crime. "Atualmente, ele trabalha como barbeiro na Zona Oeste do Rio de Janeiro, onde começou a fazer vários vídeos interpretando situações do cotidiano carcerário, em um "estúdio" que simulava uma cela. Nesses conteúdos, o homem usa uma linguagem totalmente peculiar de criminosos e fazia apologia a diversos crimes", diz a Polícia Civil.
Rômulo tinha 44 mil seguidores no TikTok, e algumas postagens com mais de 700 mil visualizações. Segundo a PCERJ, o suspeito já havia sido preso por três anos pelo crime de formação de quadrilha, tendo sido solto em 2012.s.
O que diz o suspeito
Em uma entrevista concedida à Record TV, o suspeito alegou que a intenção dos seus conteúdos não era fazer apologia ao crime, e sim orientar os jovens a seguirem um outro caminho, mostrando as dificuldades na vida de um presidiário. No vídeo mais assistido no TikTok de Freire, que tem 727,8 mil visualizações, o barbeiro fala que o crime não compensa e que é melhor estudar e obedecer os pais.