A jovem atacada a tiro no dia 27 de março na saída do trabalho em Campo Bom, no Vale do Sinos, foi assassinada por engano, segundo a Polícia Civil. Inicialmente, a morte de Ludmila Vianna, 21 anos, havia sido tratada como latrocínio (roubo com morte).
Contudo, o inquérito encaminhado à Justiça nesta semana descarta essa hipótese de crime patrimonial.
— Houve uma preparação para cometer esse assassinato. Os indicativos foram de execução, mas ela não tinha nenhuma ligação ou relacionamento com eles (os criminosos). Nada que indicasse que tivesse motivação para executá-la — disse o delegado Clóvis Nei da Silva.
Duas pessoas estão presas pelo crime: um homem de 36 anos, apontado como o atirador, e um motorista de aplicativo, de 47 anos, que teria auxiliado no assassinato. Uma terceira pessoa — uma mulher — foi identificada como suspeita, mas não teve a prisão decretada por possuir uma participação menor no crime.
Os três — que não tiveram os nomes divulgados — foram indiciados por homicídio qualificado, roubo majorado e associação criminosa. Mesmo assim, as investigações continuam.
— A gente ainda apura a questão de haver um mandante, então precisa reunir elementos para indiciamento dele — completou o delegado.
Relembre o caso
O crime aconteceu por volta de 21h de 27 de março, em frente à empresa de tecnologia em que a vítima trabalhava, no bairro Santa Lúcia, em Campo Bom, no Vale do Sinos.
Ludmila estava junto da companheira, de 20 anos, também colega de trabalho, quando um criminoso abordou as duas no estacionamento externo da empresa. De acordo com a Brigada Militar, o pivô da abordagem era a motocicleta das jovens, uma Yamaha Factor 125 vermelha, que foi abandonada momentos depois do crime no centro da cidade. Um celular também foi levado.
Câmeras de videomonitoramento registraram a ação do criminoso, que durou pouco mais de 10 segundos. No recorte do vídeo, às 20h59min, o homem se aproxima de Ludmila e efetua o disparo.