Ao investigar um homicídio ocorrido em fevereiro, a Polícia Civil descobriu, em Canoas, um pequeno arsenal capaz de provocar grande estrago. No imóvel pertencente a um casal suspeito de envolvimento com o assassinato, os policiais da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) encontraram quatro bananas de dinamite, uma pistola calibre 9 mm e um revólver, com numerações raspadas. A casa, localizada no bairro Mato Grande, é suspeita de ser um ponto de tráfico de drogas.
Conforme um policial civil especialista em explosivos, o material ali encontrado seria capaz de explodir uma casa de tamanho médio, com grande facilidade. O explosivo foi localizado durante cumprimento de mandado de busca e apreensão. Junto com ele estava um cordel, utilizado para atear fogo na dinamite, a distância. A DHPP prendeu o homem e a mulher em flagrante, por porte ilegal de arma de fogo de uso restrito. Os nomes deles não foram revelados.
Segundo o delegado Pablo Soares, a ação foi resultado de investigações que se iniciaram após a ocorrência de homicídio consumado no mês de fevereiro. À época, verificou-se que a vítima do assassinato possuía envolvimento com o crime e que tal fato poderia ter relação com a sua morte. Logo em seguida, a investigação recebeu informes sobre a existência de armas de fogo em residência próxima à da vítima. A Justiça concedeu mandado de busca e as buscas resultaram positivas. Os explosivos e as armas estavam enrolados em panos, envoltos em plásticos (para não estragarem) e escondidos em armários.
Após a localização do explosivo, foi acionada a Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil, que realizou a neutralização e retirada do artefato. As apreensões acontecem num contexto de guerra do tráfico em Canoas, que cresceu a partir do assassinato de dois líderes de uma facção com base nos bairros Mathias Velho e Guajuviras.