A Polícia Civil informou, na tarde deste domingo (23), que pretende ouvir a esposa do homem alvejado por um policial militar após desentendimento ocorrido na sexta-feira (21), no município de Catuípe, na região noroeste do Estado. O suspeito prestou depoimento e deverá responder ao inquérito em liberdade.
A discussão teria se dado por conta volume da música na casa da vítima, que realizava uma confraternização. O som era considerado excessivo pelo vizinho policial.
Além disso, conforme o delegado Maurício Posselt, havia histórico de desentendimentos anteriores entre os dois homens.
— Naquele dia, o policial militar teria chegado em casa e buscava descansar após plantão de 24 horas de trabalho no policiamento. Ele disse que a música era tocada em alta intensidade e que foi conversar com o vizinho. Houve discussão e teriam ocorrido agressões de ambas as partes — descreve.
Ainda segundo Posselt, o PM teria atirado para defender-se, uma vez que o vizinho teria empunhado uma faca. Após alvejar a vítima, o policial militar, lotado Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM), apresentou-se no quartel, em Santo Ângelo, onde trabalha.
Posteriormente, foi encaminhado a Delegacia de Polícia em Ijuí, onde foi ouvido em regime de plantão e liberado para responder ao inquérito. A arma, uma pistola 9 milímetros registrada em nome do PM, foi entregue e apreendida para ser periciada.
— O entendimento, diante da apresentação voluntária do autor do disparo, da entrega da arma e da avaliação dos fatos narrados por testemunhas, é de que ocorreu uma briga. Todas as pessoas presentes na cena da ocorrência já prestaram depoimento. Faltam ser ouvidos, a esposa e o homem ferido, mas isso depende da sua recuperação — explica o delegado.
Posselt afirma que o inquérito foi remetido para a Delegacia de Polícia de Catuípe, onde ficará sob a condução do delegado Antônio Gilberto Matter Soares. Até a tarde deste domingo, segundo a Polícia, a vítima do disparo ainda estava internada em estado delicado de saúde no Hospital de Caridade de Ijuí.
A Brigada Militar, por sua vez, deu início a apurações que irão constituir um inquérito policial militar, que transcorre paralelamente à investigação criminal realizada pela Polícia Civil. Via nota, a corporação confirma que acompanha os fatos.