Cerca de 140 crianças estavam dentro da creche Cantinho Bom Pastor, em Blumenau (SC), no momento em que o local foi alvo de um ataque praticado por um homem de 25 anos e que deixou quatro crianças mortas.
São 240 crianças matriculadas no local, que atende berçário, pré-escola e contraturno escolar. As informações foram repassadas pelo proprietário da creche, Aparecido Vicente. Ele e a esposa são donos da escola há 15 anos.
Durante a tarde e a noite desta quarta, os proprietários e funcionários permaneceram no local para entregar a pais os pertences – como mochilas – deixados pelas crianças após o ataque.
A creche planeja reabrir as portas na próxima quarta-feira (12).
Como o ataque aconteceu?
O autor teria pulado o muro da escola infantil Cantinho Bom Pastor, uma instituição de ensino particular localizada na Rua Caçadores, bairro Velha. Segundo a polícia, ele tinha uma machadinha, com a qual atacou as crianças que estavam no parquinho.
- Bernardo Cunha Machado, cinco anos
- Bernardo Pabest da Cunha, quatro anos
- Larissa Maia Toldo, sete anos
- Enzo Marchesin Barbosa, quatro anos
O prefeito de Blumenau, Mário Hildebrandt, informou durante entrevista coletiva nesta quarta-feira que todas as vítimas eram filhos únicos.
Além delas, outras cinco crianças ficaram feridas e foram encaminhadas para atendimento médico. A vice-prefeita de Blumenau, Maria Regina Soar, afirmou que o quadro de quatro crianças feridas que foram levadas ao Hospital Santo Antônio é estável. Segundo Maria Regina, elas devem receber alta dentro de 24 horas. Uma quinta foi atendida e liberada em seguida
Após a ação, o homem se entregou em um batalhão de Polícia Militar localizado a cerca de dois quilômetros da escola. Ele foi preso.
A Polícia Civil informou, em entrevista coletiva nesta quarta-feira (5), que o homem deve ser indiciado por quatro homicídios triplamente qualificados e também quatro tentativas de homicídio.
Esclarecimento sobre a cobertura
GZH decidiu não publicar o nome, foto e detalhes pessoais do assassino de Blumenau. As pesquisas mais recentes sobre massacres deste tipo mostram que a visibilidade pública obtida pela cobertura da mídia pode funcionar como um troféu pelos autores, e estimular outros a cometer atos similares. A linha editorial dos veículos da RBS em outros casos recentes já vinha sendo a de não retratar estes criminosos em detalhes, noticiando apenas o nome e informações resumidas sobre eles. Ao restringir ainda mais esta exposição, medida também tomada por outros veículos de jornalismo profissional, buscamos colaborar para que os assassinos não inspirem novos atos de violência extrema como o desta quarta-feira (5).