Um crime que tirou a vida de dois homens de Júlio de Castilhos, na Região Central, completou um ano no mês de fevereiro. O Fiat Uno em que Luiz Antonio de Mello Silveira, 46 anos, e Quelve Luiz Michelon, 29, saíram para ir até Sarandi, no norte do Estado, foi localizado incendiado no município no dia 16 de fevereiro do ano passado. Dois corpos foram encontrados carbonizados no banco traseiro do veículo. A identificação de que as vítimas eram os castilhenses saiu apenas com a confirmação por exame de DNA. A delegacia da Polícia Civil de Sarandi investiga o caso, mas, até o momento, ninguém foi preso.
Conforme o delegado Tiago Bittencourt, responsável pela investigação, o caso é complexo, por isso a apuração se estende há mais de um ano. No entanto, ele ressalta que o inquérito está em fase final.
— A gente ainda tem algumas diligências pendentes para conseguir concluir essa investigação, mas já conseguimos avançar bastante. É um caso complexo, que demanda muitas perícias, diligências de campo, com análise de imagens, para tentar reconstruir os passos das vítimas, oitivas de testemunhas, diligências em diversas cidades também. Agora, estamos em vias de conclusão. Aguardamos ainda os resultados de alguns pedidos que fizemos — explica o delegado.
Silveira e Michelon saíram de Júlio de Castilhos no dia 15 de fevereiro de 2022. Na tarde do dia 16, o carro de Silveira foi encontrado em chamas na localidade de Linha Aeroporto, no interior de Sarandi, por volta das 17h30min.
Segundo apurado até o momento, Michelon contratou Silveira, que trabalhava como motorista de aplicativo, para levá-lo até Sarandi. Eles saíram de Júlio de Castilhos em algum horário entre a manhã e logo após o meio-dia do dia 15 e deveriam voltar no mesmo dia.
A distância entre os dois municípios é de aproximadamente 215 quilômetros, o que daria uma viagem de três horas para ir e mais três para retornar. Como eles não voltaram até a manhã do dia 16 e não se conseguiu contato com nenhum dos dois, familiares registraram o sumiço, e então começaram as investigações que se estendem até hoje.