Quarenta e nove dias depois, o Instituto-Geral de Perícias (IGP) entregou à Polícia Civil de Sarandi, no norte do RS, o laudo que confirma a identidade de dois corpos encontrados carbonizados em um carro no município em 16 de fevereiro deste ano. E o que se esperava foi confirmado. As vítimas realmente são Luiz Antonio de Mello Silveira, de 46 anos, e Quelve Luiz Michelon, de 29 anos. O veículo em que eles foram encontrados, um Uno, era de Júlio de Castilhos, na Região Central, e pertencia a Silveira, que trabalhava transportando pessoas.
Como os corpos estavam carbonizados, o exame para confirmação da identidade precisou ser de DNA. Conforme o IGP, em média, o processo pode de análise pode durar de 15 dias a um mês, podendo levar mais tempo em casos de análises genéticas mais complexas.
Conforme delegado Leandro Antunes, titular da Delegacia de Polícia de Sarandi, que comanda a investigação, o laudo pericial apontou carbonização como causa da morte. Isso porque justamente devido ao estado dos cadáveres, não foi possível esclarecer se a morte ocorreu antes dos corpos serem queimados.
As investigações ocorrem em parceria com a delegacia de Júlio de Castilhos, cidade de origem das vítimas. No entanto, é capitaneada pelo delegado Antunes, já que foi em Sarandi que os corpos foram encontrados e, supostamente, foi onde ocorreu o crime.
A investigação
Segundo apurado até o momento, Michelon contratou Silveira, que trabalha como motorista de aplicativo, para levá-lo até Sarandi. Eles saíram de Júlio de Castilhos em algum horário entre a manhã e logo após o meio-dia de terça-feira (15) e deveriam voltar no mesmo dia. A distância entre os dois municípios é de aproximadamente 215 quilômetros, o que daria uma viagem de três horas para ir e mais três para retornar. Como eles não voltaram até a manhã de quarta-feira e não se conseguiu contato com nenhum dos dois, familiares registraram o sumiço.
Conforme Antunes, o carro foi encontrado em chamas na localidade de Linha Aeroporto, no interior de Sarandi, por volta das 17h30min de quarta-feira. Ainda segundo o delegado Antunes, já há suspeita sobre o que pode ter acontecido. No entanto, não são repassados detalhes para não atrapalhar a investigação.