A investigação da 15ª Delegacia de Polícia Civil de Porto Alegre identificou, nesta sexta-feira (20), os cinco responsáveis pelo latrocínio de Lucas de Jesus Lima. O soldado atuava no 20º Batalhão de Polícia Militar desde 2018 e foi morto ao trocar tiros com ladrões que tentavam roubar seu carro na quarta-feira (11). Ele estava de folga e durante a abordagem matou um dos suspeitos com um tiro.
Um segundo envolvido no caso foi preso na madrugada de quinta (12), e mais três, incluindo o pai do suspeito morto no assalto, entregaram-se na 15ª DP, nesta sexta. Os criminosos foram identificados por meio de depoimentos de testemunhas e análise das impressões digitais encontradas pelo Instituto Geral de Perícias (IGP) no capô do carro do brigadiano.
Segundo a investigação, o grupo ocupava o HB20 que abordou o Fiesta de Lucas na noite de quarta, depois de realizar outros dois roubos semelhantes nas noites anteriores. Eles trocaram tiros. Um dos suspeitos, Marcos Vignol Evangelista Júnior, 21 anos, ficou ferido e morreu após atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Bom Jesus, região onde todos eles moram, de acordo com a Polícia Civil. Evangelista cumpria pena em regime aberto e tinha sido preso por roubo a pedestres em setembro pela mesma 15ª DP que investiga o latrocínio.
— É lamentável ter que apurar uma morte de brigadiano que tem envolvimento de um criminoso que nós tínhamos prendido há alguns meses. Se ele tivesse preso ainda, provavelmente não teria acontecido. Ficamos com o sentimento de amargura — lamentou o delegado responsável pelo inquérito, César Carrion, em entrevista coletiva na manhã desta sexta.
A Polícia Civil pede que vítimas de roubos na região do bairro Intercap procurem a 15ª DP para identificar os suspeitos por outros possíveis assaltos que tenham cometido nos últimos meses. O pai de Marcos, de 41 anos, foi quem levou o filho até a UPA, fato inicialmente negado por ele em depoimento. Os cinco têm antecedentes criminais por assalto a pedestres, roubo de carros a mão armada e receptação.
O advogado dos três presos nesta sexta-feira (20), Lucas Boeno da Silva, nega o envolvimento do trio no crime.
Os três tiveram mandado de prisão preventiva e prestarão depoimentos. O inquérito deve ser concluído nos próximos 10 dias, segundo o delegado Carrion.