Uma operação da Polícia Civil, com apoio da Brigada Militar, fez 191 prisões em diferentes regiões do Rio Grande do Sul em 24 horas. A ação, com objetivo de reduzir homicídios e combater o tráfico de drogas, começou na manhã de quinta-feira (1º) e será encerrada na manhã de sábado (3). O balanço do primeiro dia foi apresentado na manhã desta sexta (2), em coletiva de imprensa no Palácio da Polícia.
Foram 120 prisões por mandados e outras 71 em flagrante. Também foram cumpridos 290 mandados de busca e apreensão, 16 medidas protetivas de urgência e 16 medidas cautelares, como bloqueios de bens.
O valor em dinheiro apreendido nas primeiras 24 horas chega a R$ 204,6 mil. Também foram localizados 43 quilos de maconha, sete quilos de cocaína e 175 gramas de crack, além de 10 pistolas, 20 revólveres e quatro armas longas.
— É mais uma ação da secretaria com o objetivo de reduzir os homicídios e o tráfico de drogas, que são crimes interligados, reduzindo os indicadores de violência. Para isso, a gente atua em duas frentes: uma é a prisão do traficante ou homicida; a outra é a descapitalização desses grupos criminosos armados — explica o secretário estadual de Segurança Pública, Vanius Cesar Santarosa.
Durante todo o período da operação, os agentes cumprem mandados em aberto. Entre os principais focos estão a região metropolitana de Porto Alegre e o município de Rio Grande, que registra número recorde de assassinatos no ano. Um homem apontado como líder da maior facção criminosa atuante na cidade do Sul do Estado está entre os presos. As regiões da Serra e de Santa Maria também registram mobilização importante.
— A polícia vem cumprindo mandados isoladamente todos os dias, mas quando a gente concentra em uma semana e realiza no mesmo dia, isso também tem efeito pedagógico. Mostra para a sociedade que a polícia vem agindo e mostra para os criminosos que, mais cedo ou mais tarde, eles serão também alvo dessas operações — afirma o chefe da Polícia Civil, delegado Fábio Motta Lopes.
A operação mobiliza 1,7 mil policiais civis e quase 500 policiais militares.