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Chefe de facção envolvida na onda de violência em Rio Grande é preso

Município vive ano mais violento de sua história, com 85 homicídios até o fim de novembro. Segundo a polícia, maioria das mortes está relacionada a disputa por pontos de tráfico de drogas

Felipe Backes

Rádio Gaúcha

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Polícia Civil / Divulgação
Cerca de 70 agentes da Polícia Civil participaram da operação em Rio Grande

Foi preso nesta manhã um homem apontado como líder da maior facção criminosa de Rio Grande, no sul do Estado. Ele seria o número dois da organização, que é uma das responsáveis pela onda de violência no município em 2022. O suspeito foi preso durante a Operação Forest, com a participação de cerca de 70 agentes da Polícia Civil de Rio Grande e da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE).

— A principal participação dele era como gerente, um articulador da facção, responsável pelo patrimônio, a contabilidade, divisão de lucros e remessa de pagamentos — explica a delegada regional Lígia Furlanetto, que comandou a operação, junto do delegado Alexandre Mesquita.

A investigação que levou à Operação Forest começou com um homicídio na Avenida Buarque de Macedo, em julho. O trabalho da Polícia Civil identificou os executores e chegou ao mandante do crime. Todos foram presos nesta manhã. As ações aconteceram nos bairros Bosque, Getúlio Vargas, Dom Bosquinho e Rural.

— As investigações vão atrás das lideranças, não apenas na investigação dos executores. Sabemos que nenhuma execução é feita sem a ordem, a autorização dos líderes das facções. Se há homicídios por conta da disputa entre facções, há líderes autorizando esses homicídios. Então, estamos chegando nestes líderes — afirma Lígia. 

O homem que a polícia identificou como o principal chefe da facção já está na Penitenciária Estadual de Charqueadas. A organização está envolvida na guerra pelo controle do tráfico de drogas em Rio Grande, que já dura cerca de um ano. Em 2022, o conflito entre criminosos resultou numa explosão do número de homicídios. Até o fim de novembro, foram 85 registros no ano, a maioria relacionados ao tráfico, segundo a polícia. A marca, a maior para um ano na história do município, faz de Rio Grande a cidade do Interior gaúcho com mais homicídios em 2022.

A mesma organização criminosa teria sido uma das responsáveis por uma onda de homicídios ocorrida em 2018, com 70 mortes. A facção também tem braços em Pelotas e controla um dos pavilhões da Penitenciária Estadual de Rio Grande.

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