Ocorre nesta sexta-feira (16) o julgamento do policial militar catarinense Ronaldo dos Santos, 58 anos, acusado de matar o filho recém-nascido e outras quatro pessoas em Porto Alegre. A sessão será presidida pelo juiz Tadeu Trancoso de Souza e deve iniciar às 9h30min, no Foro Central.
Ao longo do dia, serão ouvidas cinco testemunhas de defesa. A acusação será apresentada pelo promotor do Ministério Público (MP) Eugênio Paes Amorim. A defesa do réu é feita pela Defensoria Pública do Estado (DPE).
Em 30 de agosto, o Conselho de Sentença foi dissolvido em razão de uma discussão acalorada entre o advogado Leonardo Duarte e o promotor de Justiça Eugênio Paes Amorim. A decisão foi tomada pela juíza Cristiane Busatto Zardo na oportunidade a pedido do advogado e do representante da OAB que compareceu em plenário, com o argumento de que não haveria ambiente para continuar em razão dos acontecimentos.
O crime
O crime aconteceu em 2016, no bairro Jardim Itú-Sabará, na zona norte da Capital. A chacina foi descoberta uma semana após os assassinatos, quando os corpos já estavam em estado avançado de decomposição.
Lourdes Felipe, 64 anos, os filhos dela Walmyr Felipe Figueiró, 29, e Luciane Felipe Figueiró, 32, e os netos João Pedro Figueiró, cinco, e Miguel, um mês, foram assassinados dentro de casa.
O motivo do crime, segundo a acusação do Ministério Público (MP), seria a insatisfação do PM com o bebê de um mês, filho que o réu teve com Luciane, com quem ele manteria relação extraconjugal. Em seu depoimento no primeiro júri que acabou adiado, o réu negou o crime.