Cerca de cem agentes cumprem, na manhã desta segunda-feira (24), mandados em sete municípios gaúchos com o objetivo de localizar um ladrão e 17 receptadores de celulares levados de uma loja em Nova Hartz, no Vale do Sinos. O furto de mais de 30 aparelhos, avaliados em R$ 40 mil, ocorreu no final de julho.
Depois de a quadrilha levar os telefones, repassou-os para terceiros a preços abaixo do valor de mercado. A Polícia Civil investigou o caso e, nesta manhã, cumpre um mandado de prisão e 17 de busca e apreensão na primeira fase da ofensiva.
O inquérito foi instaurado pelo delegado Rogério Baggio. Segundo ele, as ordens judiciais estão sendo cumpridas nas cidades de residência do assaltante e de alguns dos 17 receptadores investigados: Porto Alegre, Novo Hamburgo, São Leopoldo, Canoas, Sapucaia do Sul, Taquara e Bagé.
— Os supostos receptadores que habilitaram os aparelhos, pelo menos grande parte deles, têm diversas passagens pela polícia e terão que explicar a origem da compra, mostrar nota e tudo mais. Caso a caso está sendo apurado para saber se eles tinham conhecimento se o celular era objeto de crime — diz Baggio.
Dois suspeitos de receptação foram presos, em Sapucaia do Sul e Canoas, mas o alvo principal da operação segue foragido. Seis dos celulares, além de duas TVs e uma caixa de som, furtados da loja foram apreendidos durante a operação. Os agentes também recolheram 60 munições de pistola, de calibre .380.
O primeiro passo da polícia, logo após o furto, no dia 28 de julho, foi analisar imagens de câmeras de segurança. O delegado conseguiu identificar o veículo usado pelos criminosos no dia do fato e também um dos ladrões.
Conforme a investigação, o homem contra quem o mandado de prisão foi expedido nesta segunda-feira foi visto na loja de Nova Hartz um dia antes do crime. A polícia afirma que o criminoso foi averiguar onde ficavam os telefones e a posição das câmeras de segurança.
Por isso, quase todas as imagens obtidas são do próprio homem analisando a loja no dia 27 de julho, como se fosse um cliente procurando saber o valor dos produtos oferecidos, e do carro utilizado pelo grupo na noite do dia 28, quando houve o furto. O investigado teve o nome descoberto após a identificação do automóvel.
Ainda falta identificar o restante dos ladrões envolvidos e outros possíveis receptadores, o que deve ficar para a segunda fase da investigação. Baggio diz que os 17 telefones habilitados são de duas operadoras — ele ainda aguarda resposta de outras duas empresas de telefonia para saber onde foi habilitado o restante dos mais de 30 celulares levados.
O nome do ladrão e dos suspeitos que teriam comprado os aparelhos furtados não foram divulgados. Segundo a polícia, o grupo a qual o suspeito pertence é investigado por outros furtos de lojas de celulares, principalmente na Região Metropolitana e no Vale do Sinos. Baggio ainda apura se, além de pessoas físicas, os aparelhos levados pelos ladrões foram revendidos para outros estabelecimentos comerciais.