A operação “Guacho”, deflagrada nesta quarta-feira (5) em Guaíba, na Região Metropolitana, recebeu este nome porque a investigação começou após um crime em um campo de futebol — no bairro Bom Fim — que leva o mesmo nome, no dia 11 de setembro. Na ocasião, traficantes atiraram em três jovens, pensando que eles estavam vendendo drogas no local, dominado por uma facção. Dois conseguiram escapar, mas um morreu no local.
A delegada Karoline Calegari investigou o fato, identificou suspeitos e descobriu a motivação, concluindo que as vítimas teriam sido mortas por engano. Nesta quarta-feira, 65 policiais cumpriram dez mandados de busca e dez de prisão.
Além das ordens judiciais, houve prisões em flagrante. Armas e drogas foram apreendidas. Devido à periculosidade dos criminosos, o helicóptero da Polícia Civil auxiliou na operação. Entre os presos, de acordo com Karoline, estão os autores do homicídio e das duas tentativas. Os demais detidos são integrantes da facção que atua na região.
A delegada entende que eles estão indiretamente ligados ao assassinato, porque a apuração envolve o combate à venda de entorpecentes.
— Além do homicídio e do homicídio tentado, os suspeitos foram enquadrados em tráfico de drogas e associação criminosa. Mas também houve flagrantes por posse de drogas e armas — diz a delegada.
A investigação da Delegacia de Guaíba também apurou que esta organização criminosa está ligada a roubos realizados no local, principalmente de veículos e a estabelecimentos comerciais, para fomentar o tráfico.
A delegada Karoline diz que um dos 11 detidos nesta terça-feira é apontado como líder do grupo, que tem ligação com uma facção criminosa que atua em todo Estado. Segundo ela, ele é conhecido por disputar pontos de venda mediante violência, ameaças e torturas.
A investigação continua e os nomes dos presos não foram divulgados.