Por volta de 23h desta quarta-feira (3), Mauro Hoffmann e Elissandro Spohr, sócios da Kiss, deixaram a Penitenciária Estadual de Canoas, na Região Metropolitana, onde cumpriam pena após serem condenados pelo tribunal do júri em dezembro de 2021. A soltura ocorreu após o julgamento ser anulado em sessão no Tribunal de Justiça (TJ), em Porto Alegre.
Mais cedo, às 20h10min, Marcelo Jesus dos Santos e Luciano Bonilha Leão deixaram o Presídio Estadual de São Vicente do Sul, na Região Central.
Os músicos da banda Gurizada Fandangueira foram os dois primeiros réus pelas 242 mortes no incêndio da boate Kiss a saírem da prisão — a dupla estava presa desde de dezembro 2021. Conforme o repórter Maurício Rebellato, da RBS TV, Bonilha se aproximou da imprensa e disse que nem ele nem Marcelo "eram assassinos e tentaram fazer vingança com eles".
O TJ julgou nesta quarta-feira (3) as apelações contra a sentença do juiz Orlando Faccini Neto que condenou os quatro réus do processo da boate Kiss. Os desembargadores da 1ª Câmara Criminal decidiram por anular o júri ocorrido em dezembro de 2021 e submeter os réus a novo julgamento. Por 2 votos a 1, entenderam por acatar nulidades alegadas pelas defesas. Com isso, o mérito nem chegou a ser analisado.
Elissandro Callegaro Spohr, o Kiko, sócio da Kiss, havia sido condenado a 22 anos e seis meses de prisão em regime fechado. Mauro Hoffmann, também sócio da Kiss, tinha sido condenado a pena de 19 anos e seis meses de prisão. Vocalista da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos Santos foi sentenciado a 18 anos, mesma pena de Luciano Bonilha Leão, produtor de palco da banda.