A Polícia Civil e a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) estão investigando um ataque contra uma das torres instaladas na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc) para bloquear sinais de telefones celulares. O caso, que foi atendido sábado (20) pela Brigada Militar, só foi divulgado nesta segunda-feira (22).
Segundo boletim de ocorrência, três homens em um matagal — em uma das laterais da casa prisional — deram vários tiros contra uma das quatro torres. Servidores de plantão escutaram os disparos e de imediato acionaram os PMs.
Houve buscas na região durante toda noite de sábado, mas nenhum suspeito foi localizado. Os tiros foram contra a torre número dois, mas ainda não foram divulgados possíveis prejuízos. O titular da Delegacia de Charqueadas, delegado Marco Aurélio Schalmes, diz que deve ter uma reunião com a direção da penitenciária ainda nesta segunda-feira para buscar informações.
Por enquanto, ele ressalta que ainda não há suspeitos porque o caso está na fase inicial de apuração. A Secretaria Estadual de Justiça e Sistemas Penal e Socioeducativo (SJSPS) informa que as torres ainda estão em fase de teste e que está apurando, por meio da Susepe, todos os fatos, por isso ainda não tem como detalhar se algum equipamento foi danificado.
Bloqueadores
A Pasc foi uma das primeiras a receber os bloqueadores de sinal de celular e que ainda impedem sobrevoos de drones. A instalação se iniciou no mês de maio deste ano. A previsão era de que a fase de testes terminasse até final de julho, mas ainda continua.
O governo estadual investiu mais de R$ 29 milhões nestes equipamentos e pretende finalizar as instalações até novembro deste ano em um total de 15 unidades prisionais escolhidas, que são os locais com quase 50% dos detentos em regime fechado no Estado. Por mês, o custo operacional será de R$ 5 milhões.