O Ministério Público do Rio Grande do Sul denunciou nesta sexta-feira (1) o homem que matou outro durante uma briga no bairro Bom Fim, em Porto Alegre no início do mês de junho. O nome não foi divulgado, mas GZH apurou que se trata de Ismael Vezner dos Santos, 32 anos.
Ele foi denunciado por homicídio triplamente qualificado por motivo fútil, mediante recurso que dificultou a defesa e com emprego do meio cruel, e está preso desde 11 de junho, quando foi localizado em Nova Santa Rita, na Região Metropolitana. Santos tem antecedentes por ameaça, lesão corporal, furto, roubo e posse de drogas.
O crime aconteceu em 4 de junho, na esquina da Rua João Telles com a Avenida Osvaldo Aranha. A vítima, o aposentado Linton Ferreira, 46 anos, foi atingida por diversos golpes e chutes, inclusive na cabeça. A certidão de óbito aponta que a causa da morte foi “traumatismo cranioencefálico”
A promotora de Justiça Lúcia Helena de Lima Callegari explica que o motivo fútil está caracterizado porque as agressões iniciaram após uma discussão banal por questões de expressões ditas como “capeta” e “diabo”. A qualificadora de meio cruel se justifica pelo fato de o denunciado ter arrancado parte da orelha da vítima, além de desferir chutes violentos contra sua cabeça, mostrando agressividade desmedida e causando-lhe sofrimento desnecessário.
- O ilícito ainda foi cometido mediante recurso que dificultou a defesa do ofendido, tendo em vista que, mesmo caída, a vítima continuou a ser agredida violentamente pelo ofensor, com inúmeros golpes, sem que pudesse esboçar reação de defesa ou fuga - finalizou.
Conforme as investigações, a vítima tinha esquizofrenia. No dia anterior ao crime, horas antes do homicídio, familiares revelaram que ele buscou atendimento médico em Porto Alegre depois de ter duas convulsões na casa onde morava, em Canoas. No Hospital de Pronto Socorro, onde teria buscado atendimento, ele teria sido orientado a ir para outro hospital. Depois disso, os parentes não tiveram mais notícia dele até serem informados pela polícia sobre a briga e depois a morte no bairro Bom Fim.
A Defensoria Pública do Rio Grande do Sul atua na defesa do denunciado. A instituição informou que irá se manifestar somente nos autos do processo.
