Na última quinta-feira (2), agentes da 1ª Delegacia de Canoas prenderam seis pessoas em uma operação policial na Região Metropolitana e na Serra. Duas delas participaram do roubo de 109 celulares de uma loja no Centro da cidade há um mês. As outras quatro eram receptadoras, sendo que duas delas confirmaram terem comprado os aparelhos roubados em lojas virtuais, os chamados "bricks" online.
O responsável pela investigação, delegado Rafael Pereira, destaca que são várias lojas e todas no Facebook, sendo algumas delas até mesmo em grupos fechados, tendo que ter autorização para ingressar. Os telefones são vendidos sem nota, lacrados e, em alguns casos, pela metade do preço do valor de mercado.
Até agora, sete celulares foram apreendidos, todos na operação policial realizada nesta semana. Pereira diz que foi possível a identificação pelo fato de que operadoras de telefonia foram alertadas sobre o assalto e estão monitorando todas as novas linhas disponibilizadas. Quando alguma é habilitada em um dos aparelhos roubados, a polícia é acionada.
Por enquanto, o delegado não está divulgando novo número de receptadores identificados, até porque foi solicitada à Justiça a quebra do sigilo telefônico de todos os celulares que forem comprovados como sendo da loja de Canoas. No entanto, um dos receptadores presos, por exemplo, é a esposa do líder da quadrilha que comandou de dentro do Presídio Central o roubo no mês de maio. O apenado tem vários antecedentes criminais justamente por este tipo de crime. Por enquanto, apenas foi informado pela polícia que ainda há dois ladrões foragidos.
A operação de quinta-feira contou com 40 agentes e ocorreu em Canoas, Porto Alegre, Cachoeirinha, Gravataí e Caxias do Sul. As prisões e apreensões ocorreram apenas em Cachoeirinha e Gravataí, já que nas outras cidades não houve a localização de telefones. Pereira diz que todos foram detidos em flagrante, já que não havia mandados de prisão. A investigação continua para prender mais dois ladrões e para identificar mais receptadores. O crime de receptação compreende uma pena que vai de um a quatro anos de reclusão, além de multa.