Edelvânia Wirganovicz, uma das condenadas pela morte de Bernardo Uglione Boldrini, já está em um estabelecimento de regime semiaberto. A transferência foi feita na quinta-feira (2), por ordem do juiz Geraldo Anastacio Brandeburski Junior, do primeiro juizado da segunda Vara de Execuções Criminais. Ela foi levada para o Instituto Penal Feminino de Porto Alegre, onde ficará separada das demais detentas.
O advogado de Edelvânia, Jean Severo, queria que a cliente recebesse tornozeleira eletrônica para ir para casa sob alegação de que ele corre risco junto a outras presas. O motivo é natureza do crime: violência contra criança está no rol de delitos não aceitos pela massa carcerária.
Mas o juiz Brandeburski Junior negou o pedido. A defesa também tentou que Edelvânia fosse transferida para a região de Frederico Westphalen, mas a administração prisional da cidade não aceitou porque ela já esteve lá e pediu para sair.
Edelvânia morava em Frederico Westphalen quando Bernardo foi morto. O corpo dele foi encontrado na zona rural da cidade. Ela foi condenada por homicídio e ocultação de cadáver. Amiga de Graciele Ugulini, madrasta de Bernardo, Edelvânia recebeu condenação de 22 anos e 10 meses. Ainda faltam 13 anos e oito meses por cumprir.
Ao negar a colocação o pedido de monitoramento eletrônico, o juiz levou em conta a natureza do crime cometido, a quantidade de pena que ela ainda precisa cumprir e o tempo que falta para ela ter direito ao regime aberto. O advogado de Edelvânia ingressou com habeas corpus na tentativa de obter decisão liminar para que ela receba tornozeleira eletrônica. Ele também entrou com agravo em execução para discutir a decisão no Tribunal de Justiça.