Em uma ação conjunta de autoridades de todo o Brasil, 183 crianças e adolescentes que eram explorados sexualmente foram resgatados. A Operação Parador 27, que combate o abuso e a exploração sexual infantil ao longo de rodovias federais e estaduais de todo o país, foi realizada entre os dias 2 e 17 de maio.
Foram 637 pessoas presas neste ano, contra 101 prisões efetuadas no ano passado. Houve prisões no Rio Grande do Sul. Ainda foram apreendidos, por suspeita de ato infracional, 91 menores de idade. Outros 354 menores foram encaminhados aos conselhos tutelares, a partir de uma articulação do o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.
O balanço, apresentado nesta quarta-feira (18) pelo Ministério da Justiça e Segurança de São Paulo (MJSP), aponta que o número é cinco vezes maior que em 2021 — quando foram 33 resgates realizados. Um dos motivos do aumento é a expansão da operação, que alcançou cerca de 2,8 mil municípios e envolveu mais de 12,1 mil policiais e agentes. Além disso, a metodologia para definir as áreas de atuação foi aprimorada.
— Ano passado, nossa área de interesse operacional basicamente se limitou às rodovias federais e estaduais. Porém, nós observamos que, muitas vezes, o delito migra, então a área de interesse operacional foi ampliada para abraçar também os logradouros e adjacências das rodovias federais e estaduais. Com isso, a gente conseguiu levar um proteção mais eficiente para essas crianças e adolescentes explorados — explicou o coronel Julian Rocha Pontes, coordenador-geral do Centro Integrado de Comando e Controle Nacional da Diretoria de Operações do MJSP.
Os trabalhos contaram com forças de segurança federais, como Polícia Rodoviária Federal e Polícia Federal, além das polícias civis e militares de todas as 27 unidades da federação. Ao todo, foram apuradas 811 denúncias. Cerca de 540 pontos de exploração foram mapeados, mais de 9 mil locais foram fiscalizados e cerca de 96,5 mil pessoas foram abordadas.